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Centrais lançam campanha permanente em defesa da Previdência Social

Representantes de nove centrais sindicais se reuniram na manhã de hoje (12) para divulgar as próximas ações contra a Reforma da Previdência, de Temer e Bolsonaro. Na reunião, que lotou o auditório do DIEESE, foi lançada a Campanha Permanente em Defesa da Previdência e Seguridade Social. As principais mobilizações de rua estão marcadas para os dias 22 e 26 de novembro. Os atos também reivindicam a permanência do Ministério do Trabalho, ameaçado por Bolsonaro.

Para o Secretário Geral da Intersindical, Edson Carneiro Índio, o momento exige retomar o diálogo com a parcela do povo que foi manipulada pelo projeto autoritário e ultraliberal que venceu as eleições. “Se a eleição dividiu, a defesa da aposentadoria pode reunificar o povo e impor a primeira derrota ao governo eleito”, declarou.

O lançamento da campanha em defesa da Previdência tem como referência o documento que sintetiza os principais direitos a serem assegurados, além de propostas de gestão e financiamento, que incluem a recriação do Ministério da Previdência Social.

O evento foi aberto com a exposição do dirigente sindical chileno, Mario Villanueva, coordenador do movimento No + AFP, que combate a privatização da aposentadoria e propõe a volta da previdência pública no país. Villanueva expôs as consequências do modelo de capitalização individual, criado pela ditadura de Pinochet, em 1981.

Baseado em dados oficiais, Villanueva deixou claro que fracassou o modelo de administração privada, no qual não há contribuição do empregador. Para se ter uma ideia, 78% das aposentadorias pagas pelas AFP [Administradoras de Fundos de Pensão] não chegam ao salário mínimo chileno (equivalente hoje a US$ 423).

Neste modelo, o dinheiro do trabalhador é compulsoriamente drenado pelo sistema financeiro mundial. No caso do Chile, são 10% mais 1,5% de taxa administrativa sobre os salários. Entretanto, quando chega a hora da aposentadoria, aos 65 anos, esta poupança não é usufruída. Villanueva mostrou que um trabalhador que juntou ao longo da vida US$ 73.500, se aposenta com apenas US$ 367 ao mês. Se for mulher, este número cai para US$ 309.

“Não há solidariedade dos empresários; solidárias são as famílias chilenas que têm de sustentar os idosos aposentados”, afirmou Villanueva. “As AFP foram um negócio pensado para injetar dinheiro no sistema financeiro: tiram dos trabalhadores e jogam nos fundos, que emprestam a grandes empresas.”

Inspiração do novo governo
O futuro “superministro” da Economia no Brasil, Paulo Guedes, já declarou que este é o modelo que o inspira quando o assunto é Previdência. Por isso, para o secretário-geral da Intersindical, Edson Carneiro Índio, o projeto ultraliberal de Bolsonaro não é de “reforma”, mas sim de extinção da Previdência Social e da aposentadoria.

 

Fonte: Intersindical Central da Classe Trabalhadora

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