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Fotos da negociação: Dino Santos/Fetquim
A reposição da inflação com garantia de um mínimo de 10%; a incorporação de abono de R$ 880,00 ao tíquete alimentação ou vale alimentação, dividido em doze parcelas mensais de R$ 74,00; e a elevação do piso salarial foi a proposta apresentada hoje (24/03) pela patronal do setor farmacêutico aos sindicalistas, na segunda rodada de negociações pela campanha salarial 2016 da categoria. A primeira proposta, apresentada ontem, foi rejeitada diretamente na mesa pelos sindicalistas, como forma de pressão, pois ela não previa nem a reposição da inflação.
A data base da categoria é 01 de abril e corresponde ao período aquisitivo de 01 de abril de 2015 a 31 de março de 2016. O índice oficial da inflação será divulgado em 11 de abril e ele é medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Sua projeção indica que estará em torno de 10%.
Piso e teto
O piso salarial passará de R$ 1.253,17 para R$ 1.378,48 nas empresas de até 100 trabalhadores. E de R$ 1.410,50 para R$ 1.551,55 nas empresas acima de 100.
Nas convenções coletivas sempre há um teto salarial, a partir do qual o trabalhador tem o reajuste em valor fixo e não mais na mesma porcentagem para as demais faixas salariais.
Atualmente este teto é de R$ 7120,00. Pela proposta patronal feita hoje, este teto seria corrigido em 90% do índice da inflação, sendo assim estabelecido novo limite. Quem então receber um salário além dele terá um aumento fixo no valor de R$ 776,00.
Trabalhadores decidirão em assembleias
Os sindicatos levarão esta proposta patronal para que as trabalhadoras e trabalhadores do setor farmacêutico decidam sobre ela, em assembleias.
A campanha salarial é coordenada pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas do Estado de São Paulo (Fetquim) e unificada em sete sindicatos São Paulo, ABC, Campinas, Osasco, Vinhedo, Jundiaí e São José dos Campos.