A data base do Setor Químico é 1º de novembro e o Unificados começa desde já a mobilizar os/as trabalhadores/as para a campanha salarial 2017. Dirigentes sindicais conversaram com os /as companheiros/as da Sygenta, em Paulínia, na última terça (12/09) sobre a importância da unidade na luta e os desafios desta campanha salarial –a primeira a ocorrer após a destruição das leis trabalhistas.
A inflação acumulada nos últimos 10 meses, entre novembro de 2016 e agosto de 2017, é de 1,48% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A estimativa mais recente para a data-base 1º de novembro é que ela fique em 2,15%. No entanto, as estimativas divulgadas pelo Banco Central têm sido maiores do que a inflação registrada de fato. É provável que o índice de inflação seja ainda menor.
“Nossa luta garante nossos direitos”
Neste ano, o foco da mobilização dos trabalhadores na campanha salarial está na defesa de todas as cláusulas da convenção coletiva. Isso porque a legislação trabalhista foi destruída, deixando trabalhadores/as sem nenhuma proteção. Neste contexto, a convenção torna-se nosso escudo contra tudo de ruim que a nova lei aplicará a partir de 11 de novembro. Por isso, o tema da campanha salarial 2017 escolhido pela Fetquim (Federação do Ramo Químico do Estado de São Paulo) é a frase: “nossa luta garante nossos direitos”.
Este também foi o tema central de um seminário realizado no dia 14/09 na sede do Unificados em Osasco, reunindo toda a direção colegiada do sindicato. O advogado do Unificados Vinícius Cascone deixou claro que a nova lei “jogará os/as trabalhadores aos leões”, ao permitir que sejam celebrados acordos individuais para diversos pontos, como por exemplo, jornada, banco de horas, entre outros, e ainda, ao escancarar as terceirizações, permitir formas de contratos precários.
Mais do que nunca, os/as trabalhadores/as precisam estar junto com o Unificados, sindicalizados e mobilizados para barrar a precarização das condições de trabalho, implantação de terceirizações, substituição dos empregos por contratos temporários, o aumento das jornadas, rebaixamento dos salários, demissões em massa, entre outros ataques facilitados pela lei criada pelos patrões e sancionada pelo golpista Michel Temer.
Pauta econômica
A pauta que será entregue aos patrões no dia 25 de setembro reivindica, além da reposição das perdas inflacionárias, a aplicação de aumento real de 5%, conforme aprovado pelos trabalhadores de diversas fábricas químicas de Campinas e Osasco que lotaram o encontro de base realizado no dia 3 de setembro. Além disso, a pauta inclui o aumento do piso salarial da categoria para R$2.000 e valor mínimo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$ 2.000.
A Fetquim (Federação do Ramo Químico do Estado de São Paulo) é responsável pela coordenação da campanha salarial do setor químico que engloba sete sindicatos do estado de São Paulo que representam cerca de 180 mil trabalhadores dos setores de cosmético, químico, plásticos, material de limpeza, entre outros, de São Paulo, região do ABC, Campinas, Osasco, Vinhedo, Jundiaí e São José dos Campos.