Trabalhadores/as da Yara/Galvani Indústria Comércio e Serviços SA, em Paulínia, e da Yamá Cosméticos, em Cotia, realizaram hoje, 11/10, assembleias pela campanha salarial do setor químico. Ontem, 10/10, os/as trabalhadores/as da Eldorado também discutiram reivindicações específicas da fábrica de Barueri e aprovaram o estado de greve. Caso a empresa não regularize os pagamentos atrasados no prazo de 72h, os/as trabalhadores/as entrarão em greve .
Dirigentes do Unificados dialogaram com os/as trabalhadores sobre o atual cenário econômico em que ocorre a campanha salarial. A projeção de inflação para a data base 1º de novembro é de 1,81% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC.
A fábrica da Yara/Galvani conta com cerca de 400 trabalhadores e produz fertilizantes e ácido sulfúrico. Já a Yamá, conta com cerca de 250 trabalhadoras/es na produção de cosméticos, tinturas de cabelo, descolorantes, entre outros produtos. A Eldorado tem 800 trabalhadores na fábrica de Barueri na produção de cadeiras, mesas, sacolas plásticas, sacos de lixo e peças para a indústria automobilística.
Menor variação de inflação desde 1998
O INPC apresentou variação de -0,02% em setembro. Esta é a menor variação para o mês de setembro desde 1998. No ano, o acumulado foi de 1,24%. Já para o período entre novembro de 2016 e setembro 2017, 11 meses, o INPC acumulado ficou em 1,46%.
Neste ano, a defesa das cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) vigente é um dos pontos prioritários na pauta de reivindicações dos trabalhadores do setor químico. Isso porque, a reforma trabalhista sancionada por Temer abre brecha para que os patrões tentem destruir direitos conquistados em anos de negociação por meio de acordos diretos por empresa. Será a mobilização e união da companheirada junto com o sindicato que garantirá a manutenção dos direitos conquistados.
Pauta geral
Além da manutenção dos direitos assegurados pela CCT vigente, a pauta geral apresentada pela Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico de São Paulo) reivindica reajuste com reposição da inflação mais 5% de aumento real, piso de R$ 2.000 e PLR mínima de R$ 2.000. Também reivindica que as homologações sejam obrigatoriamente feitas no sindicato. Isso porque a reforma acaba com o procedimento feito pelo sindicato para a conferência das verbas rescisórias e acompanhamento de todos os detalhes que evitavam que o trabalhador saísse prejudicado.