Assinar o acordo com 9% de reajuste salarial, que representa 2,34% de aumento real e reposição da inflação de 6,66% para o período 01/novembro/2010 a 31/outubro/2011 (a data base da categoria é 01 de novembro); 10,11% de correção no piso salarial, que passa para R$ 980,00; e 10;61% no valor mínimo para a participação nos lucros e resultados (PLR) que vai para R$ 730,00; mas manter a luta por maior aumento real e mais avanços nas fábrica em que há mobilização, foi a decisão das assembleias de campanha salarial/2011 realizadas dias 11/11 nas regionais de Osasco (foto acima, editada para evitar identificação dos presentes) e Vinhedo e no dia 13/11 na Regional Campinas.
O índice oficial de inflação, de 6,66%, medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi divulgado em 11/11. O reajuste salarial dos trabalhadores tem como base o INPC.
Aumento real maior e avanços com lutas nas fábricas
Desde o início da campanha salarial 2011, diversas companheiras e companheiros foram à luta e realizaram greves, manifestações, atrasos na produção e outras formas de pressão para a conquista específica de avanços maiores nas fábricas em que trabalham.
São elas:
1) Rei Abrasivos, em Vinhedo – Com uma greve que durou 24 horas, até que a empresa abrisse negociações, os trabalhadores da Rei Abrasivos, em Vinhedo, conquistaram um reajuste salarial de 11% (4,74% de aumento real), participação nos lucros e resultados (PLR) no valor de R$ 1.200,00 a ser pago em uma única vez em janeiro/2012, implantação de convênio odontológico e melhorias na cesta básica, não desconto das horas paradas e estabilidade no emprego por 60 dias.
2) PVTEC, em Campinas e Sumaré – Com uma paralisação de três horas no dia 09 de novembro, os aproximadamente 700 trabalhadores das unidades da PVTEC Polímeros, em Sumaré e Campinas, conquistaram um reajuste salarial de 12% (5,74% de aumento real); o piso salarial subiu 11,22% e chegou a R$ 1.100,00; e o valor da PLR é de R$ 1.000,00 e será pago em parcela única no mês de fevereiro.
3) Alcar Abrasivos, em Vinhedo – Após dois dias de greve, 07 e 08 de novembro, a Alcar Abrasivos, em Vinhedo, abriu negociações e atendeu às reivindicações de seus aproximadamente 200 trabalhadores. Com a paralisação, os trabalhadores conquistaram um reajuste salarial de 11% (4,74% de aumento real); a PLR de R$ 1.500,00, sendo pago de uma única vez em janeiro próximo; o pagamento dos dois dias parados e estabilidade no emprego por 60 dias.
4) Dixie Toga, em Valinhos Após quatro dias de greve (de 10 a 13/10/11), os aproximadamente 50 trabalhadores da Dixie Toga, em Valinhos, terceira da Unilever, conquistas diversas reivindicações específicas:
a) A jornada de trabalho 6 x 2, muito prejudicial aos trabalhadores, será substituída por outra fórmula a ser discutida entre a empresa, trabalhadores e o Unificados, a partir de dezembro próximo;
b) O plano de cargos e salários, hoje inexistente, será implantado em janeiro de 2012 após estudo e adequação das funções atuais dos trabalhadores;
c) O atual desconto de R$ 43,00 pelo plano de saúde será revisto a partir de janeiro de 2012, quanto o atual contrato vence e será renovado;
d) O desconto mensal de R$ 46,00 pela refeição na empresa foi reduzido para R$ 25,08;
e) O tíquete alimentação passa dos atuais R$ 80,00 para R$ 100,00 mensais, sendo mantido o desconto em folha no valor de R$ 16,00;
f) De imediato, será implantado o transporte fretado para os trabalhadores, com itinerário do centro de Campinas à empresa, em Valinhos, e também o retorno ao final da jornada;
g) A partir de 2012 será implantada comissão de negociação formada por trabalhadores, empresa e sindicato para definição dos valores da participação nos lucros e resultados (PLR), que hoje é paga no valor mínimo estabelecido no acordo coletivo; e,
h) Sem demissões por conta da greve; e, i) Pagamento das horas paradas devido à greve.
5) Flint Group, em Cotia – Após três dias de paralisação( de 17 a 20 de setembro) que envolveu cerca de 300 trabalhadores dos três turnos da empresa, uma greve na Flint Group, em Cotia, terminou com estas conquistas:
a) O valor da coparticipação dos trabalhadores no plano de saúde diminuiu de 19% para 15%. Além disso, não será cobrada taxa de coparticipação nos atendimentos de urgência e emergência;
b) A jornada acordada foi de 42h30, o primeiro e o segundo turnos trabalharão em sábados alternados, com saída às 17h00. O terceiro turno continua como é atualmente, de segunda a sexta;
c) A Flint se comprometeu a pagar R$ 200,00 superior à participação nos lucros e resultados (PLR) negociada na convenção coletiva do ramo químico;
d) A empresa também se comprometeu a resolver o problema de função igual salário igual em um prazo de 60 dias e que seguirá a no caso do salário substituição; e
e) Os dias de paralisação não serão descontados e todos os trabalhadores terão 45 dias de estabilidade.
6) Meridional Tubos, em Paulínia – Uma paralisação no dia 20/09 na Meridional Indústria de Tubos, em Paulínia, de seus aproximadamente 120 trabalhadores, fez a empresa atender reivindicações, que eram: melhorias no local de trabalho, troca da cesta básica pelo tíquete com reajuste de 30%, fornecimento de refeições e transporte fretado, fim do assédio moral e da pressão por horas extras.