Um reajuste de 6% nos salários; um abono de R$ 500,00, em valor único e igual para todos, a ser pago no mês de agosto próximo; piso salarial de R$ 780,00; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) mínima de R$ 800,00 para empresas com até 100 trabalhadores e de R$ 930,00 para empresas com 101 para cima; mais reajustes no vale alimentação e no acesso a medicamentos foram as condições aprovadas pelas trabalhadoras e trabalhadores para assinar o acordo com os patrões na campanha salarial 2009. A assembleia deu autorização à direção do Unificados para assinar o acordo na data que entender ser a mais adequada para a categoria.
A inflação anual (01/04/08 a 31/03/09) até nossa data base de 01 de abril último foi de 5,92%, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Assim, com 6% de reajuste, o aumento real nos salários é 0,08%.
Redução na jornada
A proposta também prevê antecipar já para setembro próximo a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Hoje, ela é de 41 horas e a redução estava prevista para dezembro.
O acordo
As cláusulas sociais do acordo são válidas por dois anos:
– Reajuste salarial de 6% para quem ganha até R$ 4.800,00. Para quem ganha acima, um aumento fixo no valor de R$ 288,00;
– Abono de R$ 500,00, de uma única vez e valor igual para todos, a ser pago em agosto próximo;
– Piso salarial de R$ 780,00;
– Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no valor mínimo de R$ 756,00 em empresas até 100 trabalhadores, e de R$ 930,00 nas que têm de 101 para cima;
– Vale alimentação de R$ 45,00, um aumento de 25%;
– Acesso a medicamentos: eleva a primeira faixa para R$ 1.300,00 e um reajuste de 5,92% no valor das demais faixas;
– Quem pedir reconsideração de benefício junto à Previdência, terá garantido adiantamento salarial integral por até 60 dias.
Manter viva a batalha por maior aumento real
Para as companheiras e companheiros presentes na assembleia, conforme demonstrou estudo econômico produzido pelo Unificados, o Setor Farmacêutico não foi atingido pela crise, teve recordes de faturamento e lucro em 2008 e, em muitas fábricas, há muita disposição de luta para arrancar maior aumento real nos salários e avançar em conquistas específicas.
Assim, embora o sindicato esteja autorizado a assinar o acordo mínimo, a luta por maior aumento real e por outras reivindicações está viva na categoria e no chão da fábrica.
Pressão evitou quebra de direitos
Para se chegar à proposta final acima, os dirigentes sindicais tiveram que fazer muita pressão sobre a patronal, que também se mostrava atenta e sensível às mobilizações, assembleias e atraso na produção que sindicato e trabalhadores (as) promoveram.
Assembléia na EMS Farmacêutica, em Hortolândia,
dia 13 de abril de 2009, pela campanha salarial
Por duas vezes os patrões deram por encerradas as negociações, mas, depois, a reabriram e apresentaram condições melhores. Inicialmente, eles pretendiam reduzir alguns direitos, como, por exemplo, nas férias e nas horas extras, mas tiveram que recuar.
Negociação entre sindicalistas e a patronal do Setor
Farmacêutico, em São Paulo (foto Eduardo Oliveira)
Vamos firmes nessa luta!
Vamos nos mobilizar e iniciar já a luta por maior aumento real e avanços em conquistas específicas. Converse com outros trabalhadores e entre em contato com o sindicato. Vamos firmes nessa luta!