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Encontro de Base esquenta Campanha Salarial

O fim de semana foi quente. Além da alta temperatura, os(as) trabalhadores(as) do ramo químico de Campinas, Osasco e Vinhedo reuniram-se no domingo ensolarado de 30 de agosto para botar fogo na Campanha Salarial de 2009, cuja data base é 1º. de novembro.

O Encontro de Base 2009 aconteceu no Centro de Formação e Lazer (Cefol) da Regional Osasco, em Cotia.

Cerca de 200 trabalhadores(as) discutiram como fazer uma campanha forte, com muita mobilização e organização na base, e acompanharam a exposição sobre os principais indicadores econômicos do setor químico no Brasil no cenário de crise econômica, para se preparar para essa batalha.

É possível avançar

Os(as) trabalhadores(as) puderam entender que os ganhos de produtividade não foram repassados aos salários.

De acordo com os dados econômicos, expostos pelo assessor econômico do Unificados Fabiano Garrido (foto superior), não há prejuízo no setor, que é um dos mais produtivos do Brasil, e há capacidade de superar a crise, expressa por uma retomada da lucratividade das empresas.

A tentativa dos patrões de fazer a classe trabalhadora pagar pela crise com redução de salários e empregos, precarização e flexibilização dos direitos deve ser enfrentada/recusada como política econômica.

Segundo Garrido, “a manutenção da renda dos trabalhadores é fundamental como política contra a crise porque quem consome, aquecendo a economia, é quem tem emprego e salário.”

Os(as) trabalhadores(as) puderam entender que os ganhos de produtividade não foram repassados aos salários e devem ser reivindicados

Os(as) trabalhadores(as) puderam entender que os
ganhos de
produtividade não foram repassados aos

salários e devem ser
reivindicados (Foto: João Zinclar)


Decisão é mobilizar

O eixo da Campanha Salarial é mobilizar em torno da redução da jornada sem redução do salário e do aumento real.

A decisão dos(as) trabalhadores(as) inscritos(as) ao Encontro de Base foi de fazer uma luta forte e unida pelas reivindicações. “Mobilização é a única coisa que o patrão escuta”, diz a dirigente sindical Nilza Pereira de Almeida.

Nessa campanha salarial, feita conjuntamente com outros sindicatos reunidos sob a Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico do Estado de São Paulo), serão discutidas seis cláusulas, sendo quatro econômicas: aumento salarial, reajuste no piso da categoria, redução de jornada de trabalho sem redução de salário (com sábados e domingos livres), Participação dos Lucros e Resultados (PLR) e inclusão de trabalhadores com deficiência e fonte de custeio do sindicato.

Vamos nos unir e nos mobilizar dentro das fábricas e colocar fogo nessa Campanha Salarial!

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