Os trabalhadores da Yamá Cosméticos, localizada em Cotia, pararam por duas horas a fábrica para realização de assembléia de campanha salarial, ontem (10/12/09).
Durante a mobilização, os trabalhadores rejeitaram a resposta da negociação com a patronal, de um reajuste salarial de 6%, piso na categoria de R$ 815,00 e participação nos lucros e resultados (PLR) de R$ 600,00. Eles reiteraram as reivindicações gerais e específicas encaminhadas para a empresa.
Assembleia de campanha salarial na Yamá, em Cotia
Além da pauta geral de aumento salarial de 10%, piso de R$ 900,00, PLR de dois pisos e inclusão de pessoas com deficiências, os trabalhadores da Yamá também reivindicam vale alimentação mínimo R$ 120,00, plano de cargos e salários, convênio médico totalmente pago pela empresa e férias coletivas efetivamente negociadas com trabalhadores.
A Indústria e Comércio de Produtos de Beleza Yamá está localizada na rodovia Raposo Tavares, em Cotia, e conta com cerca de 200 trabalhadores.
Na Flint, recusa
Os trabalhadores da Flint Group, em Cotia, realizaram assembleia na manhã de ontem e também recusaram a proposta patronal na campanha salarial do ramo químico, que tem data base em 01 de novembro e como período aquisitivo de 01 de novembro de 2008 a 31 de outubro de 2009.
Nilza Pereira, dirigente do Unificados, na Flint, em Cotia
Ele mantêm a pauta de reivindicação geral da categoria, que é: reajuste de 10% (previsão da inflação pelo INPC + 5,94% de aumento real); piso salarial de R$ 900,00; participação nos lucros e resultados (PLR) no valor de dois salários normativos (piso); redução da jornada para 40 horas semanais sem redução de salário; e processo de qualificação profissional para pessoas com deficiência.
Como reivindicação específica, eles não abrem mão da jornada sem trabalho aos sábados e domingos.
A Flint Group fica na rodovia Raposo Tavares, km 27,5, Moinho Velho, Cotia/SP.
Produz tintas para diversos fins e tem cerca de 190 trabalhadores.
Processo na Adere
Na Adere, em Sumaré, uma assembleia na manhã de hoje abordou dois assuntos: a campanha salarial e um processo judicial coletivo impetrado pelo Unificados para que a empresa pague os adicionais insalubridade e periculosidade que deve aos trabalhadores.
Há cerca de um ano, a partir de denúncia dos trabalhadores, o Unificados pediu uma fiscalização sobre as condições de trabalho na Adere. Um fiscal do Ministério do Trabalho e um médico perito contratado pelo Unificados apontaram área na empresa em que os adicionais de periculosidade e insalubridade deveriam ser pagos.
Há aproximadamente cinco meses ela começou a pagá-los. No entanto, o sindicato e os trabalhadores querem receber pelo período retroativo de cinco anos, além de outros setores da empresa que entender haver trabalho em condições problemáticas.
Com a Adere se recusando, o sindicato de início a uma ação coletiva requerendo que a Justiça a condene a isso.
A Adere Produtos Adesivos Ltda. está situada no Parque Santo Antonio, em Sumaré/SP, e produz fitas adesivas e autocolantes para diversos fins. Tem cerca de 100 trabalhadores.