Os trabalhadores da Telstar Abrasivos Ltda., localizada em Vinhedo, atrasaram o início da produção na manhã de hoje (13/11/09) como forma de pressão para que a empresa abra negociações sobre a pauta de reivindicações protocolada, o que ela se recusa.
Alessandro Ferrarezi, do Unificados, em assembleia
na Telstar, em Vinhedo (13/11/09)
Mobilizados na campanha salarial 2009 do ramo químico, no dia 03/11 os trabalhadores e o sindicato fizeram uma assembleia e definiram uma pauta de reivindicações específica para a Telstar, além da geral da categoria.
Na pauta protocolada na empresa consta o pedido da implantação de plano de cargos e salários, pagamento do adicional de insalubridade para todos, cesta básica de R$ 100,00 sem condicionamentos e participação nos lucros e resultados (plr) no valor de R$ 1.000,00.
A Telstar Abrasivos Ltda. tem cerca de 70 trabalhadores e produz discos de corte e desbates, rebolos, pontas montadas, flap-discs etc
Na Planmar, em Sumaré
Nas assembleias realizadas com os trabalhadores do Grupo Planmar, em Sumaré, foi definida uma pauta de reivindicações, já protocolada pelo sindicato na empresa. São elas: implantação de convênio com plano de saúde, sábados livres, fim do assédio moral, e fim do desconto no holerite a título de “restaurante” mesmo que o trabalhador nele não faça suas refeições.
Valdir de Souza, dirigente do Unificados, em
assembleia na Planmar, em Sumaré (12/11/09)
O Grupo Planmar produz injetados plásticos para uso doméstico, em jardins e na indústria automobilística. Tem cerca de 150 trabalhadores e é formado pelas empresas Langal Indústria e Comércio de Plásticos Ltda., Cibemari Indústria e Comércio de Plásticos Ltda. e Fábile Indústria e Comércio de Plásticos Ltda., todas em Sumaré/SP.
Campanha salarial 2009
O ramo químico tem data base em 01 de novembro. A atual campanha salarial abrange todo estado de São Paulo e tem como base o período de 01 de novembro de 2008 a 31 de outubro de 2009.
As reivindicações da categoria são: a) reajuste de 10% (INPC + 5,94% de aumento real); b) piso salarial de R$ 900,00; c) participação nos lucros e resultados (PLR) no valor de dois salários normativos (piso); d) redução da jornada para 40 horas semanais sem redução de salário; e f) processo de qualificação profissional para pessoas com deficiência.
Na última rodada de negociações com os sindicalistas, dia 30 de outubro, em São Paulo, a patronal contrapropôs: 6% de reajuste salarial, piso na categoria de R$ 815,00 e valor mínimo da participação nos lucros e resultados (PLR) de R$ 600,00.
Em assembleias realizadas no dia 06 de novembro nas regionais de Campinas, Osasco e Vinhedo do Sindicato Químicos Unificados, as trabalhadoras e trabalhadores decidiram que as mobilizações e pressões deveriam continuar, agora fábrica por fábrica, com o objetivo de conseguir um maior índice de aumento real nos salários.