O Sindicato dos Químicos Unificados marcará em três atividades a passagem do 8 de Março, o Dia Internacional da Mulher.
No Cefol Campinas/Vinhedo, em 9 de março (domingo) promove um dia com muita música, teatro, bate-papo e confraternização no Centro de Formação e Lazer (Cefol) das regionais Campinas/Vinhedo, das 10h às 17 horas. O ingresso no Cefol será livre para todas companheiras que participem como convidadas de sindicalizadas(os).
Atos públicos
Em Campinas, no dia 8 de março (sábado), haverá um ato público na Estação Cultura, em Campinas.
Em São Paulo, no dia 8 de março, o Unificados estará presente em um ato político com concentração às 9 horas no vão livre Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, seguida de passeata pelo centro da capital.
Entre as principais reivindicações das companheiras destacam-se: Direitos iguais no trabalho (salários, oportunidades, respeito, garantias de necessidades do gênero etc); licença maternidade de 180 dias; e fim da violência, preconceito e sexismo contra as mulheres, tanto doméstica como na sociedade.
No Cefol Campinas/Vinhedo
Esta é a programação para o dia 9 de março, no Cefol Campinas/Vinhedo:
Números que falam de pessoas e sentimentos
Nas estatísticas, os números são frios. Mas, cada número representa uma pessoa, com seus anseios, desejos, sofrimentos, sentimento, sensibilidade e direitos. Direitos que basicamente não são considerados e respeitados.
Hoje, o salário é das mulheres equivale a 72% ao dos homens.
No Brasil, a cada dois minutos cinco mulheres são agredidas violentamente. E em mais de 70% dos casos o agressor é o namorado, companheiro ou marido.
No Brasil, a maior causa de morte e invalidez de mulheres entre 16 a 44 anos é a violência doméstica, e a cada dia 10 mulheres morrem vítimas de violência.
No mercado de trabalho um a cada cinco dias de faltas é causado pela violência doméstica, e a cada cinco anos as mulheres perdem um ano de vida saudável.
O Brasil ocupa a 7ª posição no mundo em assassinato de mulheres.
Em Campinas, são cerca de 600 casos por mês de violência contra as mulheres.
Na Região Metropolitana de Campinas, de janeiro a fevereiro de 2012 houve um aumento de 73% de estupros em relação ao mesmo período anterior. A cidade de Campinas responde por 87% do índice.
Reivindicações históricas das companheiras
Saúde integral e com qualidade para as mulheres.
Legalização do aborto e sua incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Políticas públicas no sentido de que as mulheres possam, com segurança, tomar decisões sobre seu corpo.
Salários iguais para funções iguais aos homens, sem priorização de gênero para terceirização, precarização e redução de direitos.
Licença maternidade mínima de 180 dias.
Creches públicas, em horário integral.
Todos direitos e garantias legais para as cerca de 6 milhões de trabalhadoras domésticas hoje no Brasil.
Contra a mercantilização do corpo e do turismo sexual.
8/Março: Dia Internacional da Mulher e de luta por direitos
Seus salários são menores. Elas têm dupla ou tripla jornada de trabalho, pois acumulam empregos fora de casa e cuidam, em sua maioria, sozinhas dos serviços domésticos. São massacradas a cumprirem padrões de beleza impostos pela indústria de cosméticos, vestuário, comunicação etc. São as maiores vítimas da violência dentro de casa. Muitas vezes, embora vítimas, elas levam a culpa por terem sido estupradas e mortas. E quanto pior é a situação econômica, mais vulnerável a mulher está.
Mudança de comportamento
Mas, quem trata assim as companheiras não é a sociedade, enquanto algo abstrato, indefinido, sem nome e sem rosto. Quem as trata assim, uma a uma, entre quatro paredes, é também cada um de nós, é o amigo de fábrica, de bar, de futebol Ou seja, o opressor das mulheres somos todos nós, individualmente também. A sociedade tem que mudar, sem dúvidas Mas, isso somente ocorrerá quando cada um de nós, os companheiros, individualmente, mudar o próprio comportamento em relação às mulheres.
Luta de classes
A luta pela libertação da mulher nasceu junto com a busca da transformação de toda a sociedade pelos trabalhadores, no fim do século XIX e começo do século XX. Em diversos países que iniciavam a industrialização, as mulheres e crianças eram a maioria nas fábricas, em longas jornadas e péssimas condições de trabalho. Greves e manifestações fervilhavam nas cidades americanas e na Europa.
Não há consenso da razão da escolha de 8 de março. A versão mais divulgada é a de que nessa data, em 1857, 129 tecelãs teriam sido queimadas vivas pelos patrões que as teriam trancado em uma fábrica durante um incêndio, em Nova Iorque. Mas, estudiosos como Naumi Vasconcelos, professora da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ), afirmam que esse fato não aconteceu.
Em 1914, Clara Zetkin (1857-1933), dirigente do Partido Comunista Alemão, propôs que 8 de março marcasse a luta contra a dominação das mulheres pelos homens, numa perspectiva socialista. A data não remetia a nenhum acontecimento especial. Depois de três anos, em 23 de fevereiro do calendário russo, que então correspondia a 8 de março no ocidente, uma greve espontânea das costureiras de Petrogrado foi o estopim da onda de revoltas que culminou na Revolução Russa. Em 1975, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu 8 de março como o Dia Internacional da Mulher.
Fonte histórica: NPC Núcleo Piratininga de Comunicação (http://nucleopiratininga.org.br/), em O Dia da Mulher Nasceu das Mulheres Socialistas, de Vito Giannotti.
Leia mais
ACESSE AQUI para ler no site da Intersindical: 08 de Março: a) Por que lutam as mulheres?; e b) 08 de Março: trazer as lutas das mulheres contra a desigualdade e a violência para dentro da escola.