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Assembléias em 14/11 mantém a luta por fábrica para buscar reajuste superior a 16% e PLR maior do que R$ 380,00

Campanha Salarial 2003

Assembléias em 14/11 mantém a luta por fábrica para buscar reajuste superior a 16% e PLR maior do que R$ 380,00 propostos pela patronal. Mobilização vem garantindo reajustes superiores.

Manter a luta fábrica por fábrica com assembléias e paralisações nas empresas que radicalizarem em seguir a proposta feita pela patronal na Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo de dar um reajuste de salário de 16% e a PLR mínima de R$ 380,00, negando-se assim a negociar um acordo melhor com os trabalhadores. Essa foi a decisão dos(as) trabalhadores(as) presentes nas assembléias realizadas no dia 14 de novembro nas regionais de Campinas, Osasco e Vinhedo do Sindicato Químicos Unificados. Essa pressão fábrica por fábrica vem garantindo acordos em índices superiores aos 16% oferecidos pela patronal na mesa de negociações, que é inferior à inflação do período de novembro/2002 a outubro/2003 medida em 16,15% conforme o INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor do IBGE – Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia. O reajuste da PLR proposto pela patronal é de 8,5%.

Crescer a mobilização

Se na empresa na qual você trabalha o patrão mantém-se radicalizado e não quer abrir negociação, converse com a companheirada, faça pressão, entre em contato com o sindicato. Uma boa pressão e algumas horas de paralisação irão fazer o patrão sentar para negociar. E se o patrão insistir em pagar para ver, poderemos fazer as máquinas dele descansarem por um período muito maior.

Assinar o acordo coletivo no momento adequado

Mas além dessa luta fábrica por fábrica há também o acordo coletivo para toda a categoria, no qual ficam garantidos o reajuste mínimo de 16%, a PLR mínima de R$ 380,00 e todas as demais cláusulas sociais que foram renovadas. De início, a patronal queria reduzir alguns direitos já conquistados mas, após sentirem a mobilização da categoria contra isso, resolveram dar o assunto por encerrado e renovar todas as cláusulas sociais. Na assembléia de 14 de novembro os companheiros presentes decidiram que o sindicato deverá assinar esse acordo no momento que entender ser o mais adequado na defesa dos direitos dos trabalhadores.

Patrões tentam comprar sindicatos e são repelidos pelos cutistas. “Farsa” Sindical aceita.

Durante as negociações dessa Campanha Salarial 2003 a patronal ofereceu, a todos os sindicatos químicos que estavam em negociação, tanto os cutistas como os da Força Sindical, dar 6% do salário de cada trabalhador. De imediato, todos os sindicatos cutistas recusaram essa proposta. Nosso entendimento é de que os sindicatos devem ser independentes de patrão e de governos, não ficando com o rabo preso com ninguém e portanto, absolutamente livres para lutar na defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores. Defendemos que o sindicato deve ser mantido pelos próprios trabalhadores, por meio da sindicalização e de descontos autorizados pela categoria em assembléias.
Receber esse dinheiro dos patrões seria sepultar o sindicalismo classista e independente. Seria contribuir para a criação e sustento de sindicatos fantasmas.
Para o Sindicato Químicos Unificados, essa proposta dos patrões representaria a entrada de aproximadamente R$ 2 milhões no ano.

Força Sindical aceita

Já os sindicatos ligados à Força Sindical de imediato aceitaram essa oferta de dinheiro dos patrões e pegaram com as duas mãos. Cabe aqui a pergunta: Qual é a liberdade que tem a Força Sindical para lutar pelos trabalhadores se depende financeiramente dos cofres dos patrões? É por essas e muitas outras histórias de traição às lutas da classe trabalhadora que , não sem justa causa, a Força Sindical é mais conhecida e tratada por “Farsa” Sindical.

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