A força, a união e a decisão dos trabalhadores, junto ao sindicato, em exigir seu direito de reposição da inflação já levaram a uma grande vitória nessa nossa Campanha Salarial Emergencial. Até agora são mais de 11 mil trabalhadores na base do Sindicato Químicos Unificados (Campinas, Osasco, Vinhedo e Regiões) que garantiram um acordo de reajuste específico por fábrica, independentemente da acintosa proposta patronal feita pela Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Veja, mais abaixo, a relação das fábricas com acordos específicos assinados e seus índices de reajuste, e as empresas ainda em negociação com o sindicato e com os trabalhadores.
A luta garante
Mas essa conquista não caiu do céu. Ela é fruto da luta, da organização e da disposição mostrada pelos (as) companheiros (as) trabalhadores (as) em defender seus direitos e reivindicações. Com uma série de assembléias, atos, passeatas e atrasos na produção, com participação ativa de cada trabalhador em sua fábrica, o patrão se viu forçado a abrir negociação e a fazer uma proposta concreta.
Em muitas empresas o reajuste já consta de acordo assinado e, inclusive, está sendo pago. Em outras, ele está em adiantado estado de negociação, faltando pouco para ser assinado.
A vergonhosa proposta da Fiesp
Quando Fiesp se deu conta de que a mobilização dos trabalhadores nessa Campanha Salarial Emergencial era para valer e que a pressão era grande nas fábricas, a entidade patronal se viu obrigada a chamar o sindicato para uma negociação.
Na primeira rodada de negociações realizada no dia 03 de junho, em São Paulo, a Fiesp fez uma indecente proposta de um reajuste de 6%, dividido em quatro parcelas mensais de 1,5% a partir de julho sendo, portanto, o seu primeiro pagamento no mês de agosto. Essa proposta foi recusada imediatamente pelo sindicato e nova reunião de negociação ficou marcada para o dia 13 de junho.
O índice de reajuste a ser definido entre o sindicato e a Fiesp deverá ser aplicado por todas as empresas nas quais não venham a ocorrer a assinatura de acordo específico, conquistado nas mobilizações pelos trabalhadores.
A luta continua!
Mas quem decide como, porque e quando lutar por seus direitos são os próprios trabalhadores. Assim, nessa negociação com a Fiesp o reajuste a ser definido deve ser visto como um indicativo mínimo. Nas empresas em que os trabalhadores entenderem que esse índice seja baixo e estiverem dispostos a conquistar mais, a luta continua! Basta conversar com a companheirada e entrar em contato com o sindicato que, juntos, vamos organizar a mobilização.
Reposição da inflação
Nessa Campanha Salarial Emergencial estamos reivindicando a reposição da inflação medida pelo INPC no período de 1º de novembro de 2002 (nossa data base) até 30 de abril último, que foi da ordem de 13%. Esse aumento inflacionário ganhou força nos últimos meses do governo FHC, tendo sido registrado principalmente nas chamadas tarifas públicas.