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Greve pára 100% a EMS

Trabalhadores em assembléia, na manhã do dia 29

Os 1.700 trabalhadores da EMS em Hortolândia deram início a uma greve na manhã de hoje (29/11/2004), que paralisou totalmente a produção e a administração, em decisão tomada por unanimidade em assembléia realizada na portaria da empresa. Entre outras reivindicações, está sendo pedido 5,72% de reposição da inflação nos últimos 12 meses mais 10% de aumento real. A decisão é a de que a paralisação terá prosseguimento até que a direção da EMS receba uma comissão formada na assembléia por trabalhadores e dirigentes sindicais e apresente uma proposta que venha a ser aceita pela maioria, em nova assembléia.

Essa mobilização se insere na campanha salarial 2004 da categoria, que tem como data base 1º de novembro. Conforme acordo assinado no dia 25 último entre os sindicatos e a patronal, representada pela Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, os trabalhadores deverão receber 5,72% a título de reposição da inflação no período de novembro de 2003 a outubro de 2004, mais 2,3% de aumento real.

No entanto, o sindicato patronal das Indústrias de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo se recusa a cumprir esse acordo, fazendo a proposta de tão somente repor a inflação e dar um abono fixo, uma única vez. Essa tática teria o objetivo de forçar o governo a liberar novos reajustes nos preços dos remédios.

As demais empresas do setor farmacêutico na base territorial do Sindicato Químicos Unificados, que é Campinas, Osasco, Vinhedo e regiões, se comprometeram a seguir o acordo assinado na Fiesp entre trabalhadores e a patronal. Mas o Grupo EMS Sigma Pharma afirma que irá reajustar os salários somente nos 5,72%.

Na sexta-feira última (26/11/2004), quando uma comissão dos trabalhadores pediu à direção da planta em Hortolândia que cumprisse os 8% do acordo assinado, como represália 13 foram imediatamente demitidos.

A pauta integral de reivindicações construída na manhã de hoje na assembléia é a seguinte:

1) 5,72% de reposição da inflação mais 10% de aumento real.

2) recontratação imediata dos 13 trabalhadores demitidos no dia 26.

3) Programa para elevação do salário médio na empresa que é de R$ 600,00 para os R$ 800,00 praticados no setor na região.

4) Implantação de um programa de cargos e salários.

5) Melhorias e reformulações imediatas nas condições de trabalho que, por exigirem excesso de movimentos repetitivos e levantamento de material pesado, têm provocado frequentes casos de LER – Lesões por Esforços Repetitivos entre os trabalhadores. Análises preliminares de pesquisas realizadas pelo sindicato confirmam esse quadro.

6) Melhorias e reformulações imediatas nas relações entre as chefias e os trabalhadores, com destaque para a médica da empresa, que são caracterizadas pela arrogância, desrespeito e prepotência.

Aparato de intimidação da PM sobre os trabalhadores

O Grupo EMS Sigma Pharma possui atualmente duas unidades no Estado de São Paulo, produzindo fármacos, genéricos, materiais de consumo e higiene pessoal. Uma delas se localiza na cidade de São Bernardo do Campo – onde também está sendo realizada uma mobilização na manhã de hoje -, com 600 trabalhadores, onde se concentra a fabricação de sólidos, e a outra em Hortolândia, com aproximadamente 1.700 trabalhadores, com as unidades de fabricação de líquidos, semi-sólidos e injetáveis. Além da parte produtiva estão localizadas em Hortolândia também o depósito e a área administrativa.

Em Hortolândia, a unidade está instalada no km 9 da rodovia SP 101 (Campinas/Monte Mor).

O Grupo EMS Sigma Pharma é a quinta indústria nacional do setor, com projeção para crescimento de 40% na produção e um faturamento de R$ 700 milhões em 2004.

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