Assinar a convenção coletiva com a patronal e manter a luta no chão da fábrica para arrancar um maior aumento real nos salários, além de conquistas específicas, foi a decisão das companheiras e companheiros presentes na assembléia de campanha salarial realizada no dia 07 de novembro nas regionais de Campinas, Osasco e Vinhedo. A convenção coletiva foi assinada com a patronal em 12 de novembro, ontem, em São Paulo.
Na última rodada de negociações realizada no dia 31 de outubro, em São Paulo, a patronal apresentou aos trabalhadores a seguinte proposta:
Reajuste salarial – Índice de 9%, que garante um aumento real dos salários de 1,62%, descontada a inflação de 7,26% medida pelo Instituto Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) no período de 01 de novembro de 2007 a 31 de outubro de 2008 – a data base é 01 de novembro de 2008.
Piso na categoria – O piso salarial na categoria passa para R$ 759,00, o que representa um aumento de 10,8% – 3,3% reais – sobre o anterior.
PLR mínima – A PLR vai para R$ 550,00, 10% superior à anterior – aumento real de 2,69%.
Cláusulas sociais – Há avanços nas cláusulas sociais, com o compromisso dos empresários de coibirem toda forma de violência no local de trabalho, como o assédio moral e assédio sexual; e a proibição de qualquer tipo de discriminação nos processos seletivos, como distinções entre raças, idade, gênero, estado civil e nacionalidade.
Vigência por dois anos – O acordo coletivo, que foi assinado em 12 de novembro entre a patronal e sindicalistas, terá vigência por dois anos à exceção das cláusulas econômicas: reajuste salarial, PLR mínimo e piso da categoria. As questões jornada de trabalho e portadores de necessidades especiais continuarão em negociação entre os trabalhadores e a patronal.
Luta já garantiu conquistas.
Agora, mobilizar nas fábricas!
Conforme divulgado em nossos informativos eletrônicos e em nosso site (www.quimicosunificados.com.br), as muitas greves, mobilizações, atrasos na produção e representativas assembléias foram determinantes para que fossem assinados acordos específicos com fábricas que garantiram aumento salarial real maior do que o agora previsto no acordo coletivo, além de avanços no local de trabalho.
Essa luta também repercutiu forte em São Paulo, pois nas negociações a patronal estava pressionada pelas lutas das trabalhadoras e trabalhadores no chão de suas fábricas.
Para dar dois exemplos, a proposta inicial da patronal era de um piso salarial de R$ 746,55 e de uma PLR mínima de R$ 500,00 – sem qualquer reajuste em relação ao ano anterior.
Com as notícias de greves e mobilizações, eles fizeram novas propostas com valores maiores.
Crie clima. Vamos avançar!
A luta continua. Vamos avançar em conquistas, agora no chão da fábrica. Crie clima. Converse com a companheirada. Vamos fortalecer a mobilização e garantir mais conquistas econômicas e específicas. Todos firmes na luta!