A greve dos trabalhadores da Itambé Abrasivos, em Vinhedo, chega hoje (21 de novembro) a seu 22º dia. Com reivindicações por melhores condições de trabalho, alimentação, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e aumento salarial, a quase totalidade dos trabalhadores parou a produção.
Mesmo com pressões e muito assédio moral da empresa, como, por exemplo, o envio de telegramas para as famílias dos trabalhadores, a contratação de fura-greves e a convocação da polícia para intimidar a organização, a luta contra a intransigência da empresa continua firme.
Para que os (as) companheiros (as) da Itambé tenham sucesso nesta justa luta que estão travando, é fundamental a solidariedade de classe. A partir de hoje, o sindicato passará com uma caixa de coleta nas fábricas da categoria e nas comunidades para arrecadar fundos e alimentos para o fundo de greve organizado pelos trabalhadores da empresa.
Eles, e o sindicato, contam com a compreensão, com a consciência e com a ativa participação de todos nessa mobilização de solidariedade de classe.
Derrotada, Saint-Gobain está obrigada
a seguir a vontade dos trabalhadores
Na assembléia na Saint-Gobain, em Vinhedo, protesto contra
o assédio moral na empresa (23out08 – Foto: João Zinclar)
Mais uma derrota da manobra da Saint-Gobain Ltda., em Vinhedo: o setor de Cerâmicas e Plásticos deverá ser representado pelo Sindicato Químicos Unificados, conforme afirma o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Em dois plebiscitos realizados com os trabalhadores da empresa, a ampla maioria já havia feito esta opção, o que tem sido desrespeitado pela empresa.
Para ter uma organização dos funcionários que não contrarie seus interesses em explorar e acumular a mão de obra, a empresa tem tentado a todo custo tirar do Unificados a legitimidade na representação de seus (uas) trabalhadores (as).
Além dessa decisão judicial, a maioria dos trabalhadores é sindicalizada no Unificados. Agora, a Saint-Gobain terá, por força de lei, que dobrar-se à vontade dos trabalhadores e reconhecer a justa e legítima representatividade do Sindicato Químicos Unificados.
Adelbrás demite 20 e alega crise
Na Adelbras Adesivos Ltda., em Vinhedo, greve parou
a produção nos dias 26 e 27 de outubro de 2006
A crise econômica internacional tem sido utilizada pelas empresas para justificar demissões e retirada de direitos. Para compensar diminuições na margem de lucros, eles não hesitam em atacar empregos e direitos conquistados pelos trabalhadores.
Sob o pretexto de ter sido “obrigada pela crise”, nessa última semana a Adelbras Indústria e Comércio de Adesivos Ltda., em Vinhedo, demitiu 20 trabalhadores.
Os demais trabalhadores da Adelbras, bem como todas as companheiras e companheiros da categoria, devem estar atentos a possíveis manobras das empresas no sentido de usarem “a crise” para reduzir direitos, fazer demissões e, por outro lado, aumentar a pressão por mais produção sobre quem fica.
Denuncie ao sindicato qualquer suspeita nesse sentido.
Unilever se nega a reconhecer periculosidade
Na Unilever, em Vinhedo, campanha salarial em 12 de outubro de 2007
Mesmo tendo parecer favorável aos trabalhadores, a Unilever Brasil, em Vinhedo, se nega a reconhecer e indenizar os que ficaram expostos ao perigo. Na audiência ocorrida nesta quarta-feira (19/11/08), a Justiça solicitou que a empresa apresentasse uma proposta de pagamento, o que ela se recusou a fazer. No dia 06 de março de 2009 sairá o resultado do processo do “alcoólico” que obrigará a multinacional a indenizar os trabalhadores.
Para entender o “alcoólico”
Quatro ex-trabalhadores da Unilever em Vinhedo entraram com processo contra a multinacional, requerendo o pagamento do adicional de periculosidade. Eles trabalhavam no setor de fabricação de produtos alcoólicos e realizavam operações junto a tanques de estocagem de álcool etílico, produto altamente inflamável. O processo foi encaminhado pela Secretaria do Jurídico do Sindicato Químicos Unificados.
O juiz determinou a realização de perícia no local de trabalho. Em outubro de 2006, em laudo oficial, um perito judicial concluiu pela periculosidade para os quatro trabalhadores, e o laudo foi juntado ao processo. Na seqüência, o sindicato requereu ao juiz que ele homologue o laudo e determine que a empresa pague o adicional de periculosidade para os trabalhadores.
Além deste grupo de quatro trabalhadores, os advogados do Unificados entraram com processo coletivo de iniciativa do sindicato contra a Unilever, em nome de todos os trabalhadores que exerceram funções no setor alcoólico da multinacional.
Mais informações
Para mais informações e detalhes sobre as mobilizações acima, favor contatar a Regional de Vinhedo do Sindicato Químicos Unificados, pelo telefone (19) 3886.6264 ou e-mail sindibase@uol.com.br