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Sindusfarma propõe reajuste abaixo da inflação e indicativo é de greve

Negociação entre sindicalistas e patronal, no Sindusfarma, em São Paulo, realizada em 13 de março último, sobre a campanha salarial 2008 do setor farmacêutico - foto: Dino Santos
Negociação entre sindicalistas e patronal, no Sindusfarma, em São
Paulo, realizada em 13 de março último, sobre a campanha salarial 2008
do setor farmacêutico – foto: Dino Santos

A patronal do setor farmacêutico ofereceu 3,57% de reajuste
salarial nas empresas com menos de 100 trabalhadores e 5,45% nas com mais
trabalhadores, contra uma projeção de inflação de 5,3% nos últimos doze meses.
Os sindicalistas presentes na reunião, realizada na tarde de hoje (04/04/08) em
São Paulo, se colocaram como “ofendidos” e recusaram a proposta imediatamente,
na mesa.

A reunião foi interrompida e a patronal, representada pelo
Sindicato da Indústria Farmacêutica do Estado de São Paulo (Sindusfarma),
solicitou que ela seja retomada no próximo dia 9. Conforme os trabalhadores, em
toda a história das negociações de campanha salarial nunca houve uma proposta de
reajuste que não cobrisse nem mesmo a porcentagem dos salários corroída pela
inflação.

Os valores do piso salarial da categoria e do mínimo da
Participação nos Lucros e Resultados (PLR) também teriam índices de correção
iguais aos dos salários.

A atual campanha salarial da categoria tem a
data base em 01 de abril e corresponde ao período de 01 de abril de 2007 a 31 de
março de 2008.


Patronal coloca a greve
como caminho dos
trabalhadores

Na pauta de reivindicações protocolada,
os trabalhadores do setor farmacêutico pedem o aumento real de 5%, mais a
reposição da inflação oficial. Isto levaria o reajuste para aproximadamente 10%,
além de outras melhorias nas cláusulas sociais.

Agora, caso a
intransigência patronal em manter o reajuste em índices inferiores ao da
inflação e de desprezar o aumento real nos salários neste momento de crescimento
da produção e do lucro das empresas, a greve é um caminho que passa a ser
considerado como um instrumento a ser utilizado pelos trabalhadores.

E
isto será discutido pelos dirigentes sindicais com os trabalhadores nas
assembléias nas indústrias farmacêuticas.

Mais detalhes e
informações

Para mais detalhes e informações, favor
entrar em contato com os dirigentes sindicais do Unificados Arlei Medeiros pelo
rádio (19) 7850.1731 e Carlos Roberto (11) 7721.6446, que estiveram na reunião
há pouco encerrada no Sindusfarma.

Dividir a
categoria

Já de princípio na reunião de hoje os
sindicalistas rejeitaram a possibilidade de aceitar a proposta, visto que ela
trazia consigo a premissa de dividir os trabalhadores ao apresentar dois
reajustes diferenciados para duas situações: um para fábricas com menos de 100
trabalhadores e outro para as com mais.

A projeção de inflação adotada
pelos trabalhadores é de 5,3% nos últimos doze meses, considerando que em março
ela deverá ser de 0,34%. O número oficial deverá ser divulgado nos próximos 10
dias.


Inflação mais 5% de aumento
real

Após encontros de trabalhadores e assembléias
diversas, a categoria aprovou a pauta de reivindicações, que é a seguinte:

a) Aumento salarial: inflação no período medida pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC) mais 5% de aumento real;

b) Piso salarial de
R$ 900,00;

c) Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no valor mínimo
de dois pisos salariais;

d) Fim da terceirização, contratação direta pela
empresa;

e) Igualdade de oportunidade para todos (as);

f) Redução
da jornada em 10% sem redução nos salários;

g) Sábados livres;

h)
Melhores condições de trabalho;

i) Estabilidade para o acidentado e
portador de doenças profissionais, enquanto perdurar a
seqüela.

35 mil em campanha
salarial

Cerca de 35 mil trabalhadores do setor
farmacêutico, representados pelos sindicatos Químicos Unificados (Campinas,
Osasco e Vinhedo), Químicos e Plásticos de São Paulo e Químicos do ABC,
centralizados na Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico no Estado de São
Paulo (Fetquim). Na base do Unificados estão 10 mil destes trabalhadores do
setor na atual campanha salarial.

Veja mais notícias sobre a Campanha Salarial do Setor Farmacêutico:

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