Os aproximadamente 200 trabalhadores (as) da Alcar Abrasivos, em
Vinhedo, em assembléia realizada na manhã de hoje na portaria da
empresa, decidiram por dar início a uma greve como forma de exercer
pressão para que sejam atendidas as reivindicações na campanha salarial
2008, conforme pauta protocolada junto à patronal, ontem, em São Paulo.
Além
da pauta geral, extensiva a toda categoria, em cada empresa foram
definidas reivindicações específicas, também protocolada. A greve na
Alcar é por tempo indeterminado, até que as reivindicações sejam
atendidas ou que uma contraproposta seja aprovada em assembléia pelos
trabalhadores.
A greve na Alcar dá início à programação de
atividades de pressão sobre as empresas para que as reivindicações da
categoria na campanha salarial sejam atendidas. A programação foi
discutida e aprovada pelos trabalhadores em encontro de base (31 de
agosto, em Cajamar) e assembléias (26 de setembro) realizadas pelas
regionais de Campinas, Osasco e Vinhedo do Sindicato Químicos
Unificados.
Sábado alternado
A
produção na Alcar já fora paralisada por 24 horas em 29 de agosto com o
objetivo de fazer com que a empresa retomasse negociações sobre as
reivindicações específicas, conforme pauta protocolada desde o dia 05
de agosto. Desta pauta, somente fora atendida a partir de 22 de
setembro a alteração na jornada, com o trabalho aos sábados sendo
realizado de forma alternada, sem descontos no período de refeições e
sem redução nos salários.
Mais informações sobre a greve
Trabalhadores da Alcaraguardam início da assembléia (02/10/08)
A Alcar Abrasivos tem cerca de 200 trabalhadores e está situada na rua
São Paulo, 600, bairro Nova Vinhedo, em Vinhedo/SP. Ela produz, entre
outros, lixa, rebolo, disco de corte e pedra de afiar.
Para
atualizar informações sobre a greve na Alcar, favor contatar Norival
Cunha pelo telefone (19) 7802.7239 e José Roberto pelo (19) 7801.6532,
ambos dirigentes sindicais do Unificados e que acompanham os
trabalhadores na mobilização. Ligar também para (19) 3886.6264, o
número da Regional de Vinhedo do Unificados. As fotos são de João
Zinclar.
Reivindicações da campanha salarial
Estas são as reivindicações da categoria na campanha salarial 2008:
a) Aumento salarial de 15% – 7,5% de reposição da inflação projetada, mais 7,5% de aumento real por produtividade;
b) Piso salarial de R$ 860,00;
c) PLR (Participação nos Lucros e Resultados) mínima no valor de R$ 1.720,00;
d) Cesta básica no valor mínimo de R$ 120,00, sem descontos e sem condicionantes para o trabalhador;
e) 180 dias para a licença-maternidade já!;
f) Garantia dos direitos aos terceirizados;
g) Garantia aos acidentados do trabalho, portadores de seqüelas;
h) Redução da jornada/sábados livres, sem redução nos salários; e
i) Nenhuma precarização em direitos já garantidos.
Reivindicações específicas para a Alcar
Estas são as reivindicações específicas da categoria para a Alcar:
a) Plano de cargos e salários;
b) Transporte fretado, sem descontos nos holerites;
c) Fim do desconto de porcentual sobre as refeições; e
d) PLR em valor igual para todos trabalhadores.
Reivindicações entregues ontem à patronal
Nilza Pereira, dirigente do Unificados, fala aos trabalhadores
e
dirigentes sindicais presentes na entrega da pauta da campanha
salarial
à patronal, em 01 de outubro, em São Paulo
Ontem (01 de outubro), a pauta de reivindicações geral da categoria foi
entregue para José Roberto Squinello, representante da patronal, em
atividade realizada no Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo
e que contou com a presença de vários sindicalistas, trabalhadores e
militantes de movimentos sociais e populares.
Agora terão início
as rodadas de negociações entre sindicalistas e a patronal, em São
Paulo. Elas estão agendadas para os dias 15, 22, 23 3 31 de outubro. Ao
mesmo tempo, nas fábricas, o Unificados e os trabalhadores colocarão em
prática a programação de mobilização como forma de pressão.
125 mil trabalhadores em campanha
A data base da categoria é 1º de novembro e abrange o período de 1º de novembro de 2007 a 31 de outubro de 2008.
A
campanha é centralizada e unificada na Fetquim (Federação dos
Trabalhadores nas Indústrias Químicas), que é formada pelos sindicatos
Químicos Unificados (Campinas, Osasco e Vinhedo), Químicos e Plásticos
de São Paulo e Químicos do ABC, que, somados, representam cerca de 130
mil trabalhadoras e trabalhadores no estado de São Paulo.