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Setor Farmacêutico: Em assembleia, trabalhadores recusam proposta patronal

A proposta patronal para o reajuste salarial das trabalhadoras e trabalhadores do setor farmacêutico foi recusada por unanimidade nas assembleias realizadas no início da noite de hoje (09/04/10) nas regionais de Campinas, Osasco e Vinhedo do Sindicato Químicos Unificados.

Junto à recusa, as trabalhadoras e trabalhadores decidiram fazer crescer e endurecer a mobilização nas fábricas, em clara demonstração que fazem questão de verem atendidas suas reivindicações.

Arlei Medeiros, dirigente do Unificados, fala na assembleia na Regional Campinas

Arlei Medeiros, dirigente do Unificados, fala na
assembleia na Regional
Campinas (09/04/10)

Como na rodada de negociações desenvolvida ontem os sindicalistas já haviam garantido aos representantes da indústria farmacêutica de que a proposta que faziam não seria aprovada pelos trabalhadores, um novo encontro entre as duas partes está marcado para o dia 14 de abril (quarta-feira), em São Paulo.

Para discutir e decidir sobre possível nova proposta patronal outra assembleia será realizada no sindicato, com data ainda a confirmar, mas possivelmente em 23 de abril (sexta-feira), às 18h30.


A proposta das empresas

A campanha salarial do setor farmacêutico tem como data base 01 de abril e corresponde ao período aquisitivo de 01 de abril de 2009 a 31 de março de 2010. Na primeira reunião entre sindicalistas e os representantes das empresas, dia 31 de março, estes apresentaram a proposta de um reajuste linear de 5,1%, índice abaixo da inflação nos últimos doze meses que é de 5,3%.

Com a recusa imediata dos sindicalistas em negociar neste patamar, nova reunião foi realizada ontem, em São Paulo. Em síntese, esta é a nova proposta:

Reajuste salarial – Empresas com até 100 trabalhadores ou que fabricam soro e tenham mais de 100 trabalhadores, o índice da inflação como reajuste – ou seja, apenas a reposição das perdas no período. Empresas com mais de 100 trabalhadores e não fabricam soro, 6,1% – índice que representa 0,86% de aumento real.

Piso da categoria – Empresas com até 100 trabalhadores ou que fabricam soro e tenham mais de 100 trabalhadores, piso de R$ 821,34. Nas empresas com mais de 100 trabalhadores e não fabricam soro, piso de R$ 851,00.

Participação nos lucros e resultados (PLR) – Empresas com até 100 trabalhadores ou que fabricam soro e tenham mais de 100 trabalhadores, R$ 842,40. Nas empresas com mais de 100 trabalhadores e não fabricam soro, R$ 987,00. A proposta também prevê separar a negociação sobre o valor da PLR das demais cláusulas do acordo coletivo a partir do próximo ano.

As reivindicações dos trabalhadores

A pauta de reivindicações aprovada pela categoria é entregue à patronal pelos sindicatos é composta por 10% de reajuste salarial; piso salarial no valor de R$ 1.158,00 (representa um reajuste de 29% e o coloca num patamar de 2,4 salários mínimos, nível atingido no ano 2000); PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de dois pisos; férias pagas em dobro; estabilidade no emprego; redução da jornada de trabalho; sábados livres; reajuste de 20% na cesta de medicamentos; cesta alimentação/básica de R$ 120,00; e pagamento de 110% nas horas extras aos sábados.

Alta produtividade

Um estudo econômico produzido por Fabiano Garrido, assessor econômico do Unificados, aponta que as indústrias farmacêuticas obtiveram um aumento de seu faturamento anual, que passou de R$ 30,97 bilhões de reais em 2008 para R$ 33,35 bilhões de reais em 2009, registrando assim um crescimento líquido de 7,7%.

CLIQUE AQUI e leia – e imprima – o estudo econômico e uma entrevista com Garrido.

50 mil em campanha

São 22 mil trabalhadoras e trabalhadores em campanha salarial no setor farmacêutico.

Destes, 10 mil (20%) estão na base do Sindicato Químicos Unificados que integra o grupo de negociação coordenado pela Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico no Estado de São Paulo (Fetquim), que também conta com a participação do Sindicato dos Químicos de São Paulo e dos Químicos do ABC.

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