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Farmacêuticas: Sindicalistas rejeitam proposta patronal por ser muito baixa

Os dirigentes sindicais recusaram imediatamente a proposta patronal para o reajuste salarial do setor farmacêutico na campanha salarial 2011. Para o reajuste nos salários a patronal ofereceu 6,4%, índice considerado muito baixo em relação ao ótimo desempenho econômico do setor em 2010. A categoria reivindica 13% de aumento. A rodada de negociações, última prevista antes da data base que é 01 de abril, foi realizada ontem (30/03/11) em São Paulo.

10% sobre inflação

Pela proposta patronal, o novo acordo coletivo contemplaria a reposição da inflação prevista para os últimos 12 meses (abril/2010 a março/2011), que é da ordem de 5,8%, mais 10% sobre ela, o que deixaria o aumento real perto de apenas 0,6%. Como comparativo, o crescimento do lucro da indústria farmacêutica no ano de 2010 em relação a 2009 foi de 7,8% (já descontados os impostos).

PLR e piso salarial

A proposta da patronal de dividir o piso salarial e a participação nos lucros e resultados por faixas salariais nas empresas também foi rejeitada pelos sindicalistas. Esta proposta causaria divisão na categoria na hora da negociação salarial, reduzindo assim o poder de pressão e mobilização das trabalhadoras e trabalhadores.

Desvinculação

Outra proposta patronal também rejeitada de imediato foi a tentativa de desvincular o piso salarial de outras cláusulas econômicas, como auxílio para filhos com necessidades especiais, vale-refeição, menor aprendiz e creche.

Nas assembleias dirigentes
sindicais defenderão a rejeição

Nas assembleias em que forem debatidas a contra proposta patronal, os dirigentes sindicais irão defender que elas sejam rejeitadas e que a mobilização continue em busca das reivindicações apresentadas à patronal pela categoria.

50 mil em campanha salarial

Participam desta campanha salarial de forma unificada na Federação dos Trabalhadores das Indústrias Químicas de São Paulo (Fetquim) os sindicatos dos químicos Unificados (Campinas, Osasco e Vinhedo), Químicos e Plásticos de São Paulo, Químicos do ABC, Químicos de Jundiaí e Químicos de São José dos Campos.

Reivindicações

Estas são as reivindicações aprovadas pelas trabalhadoras e trabalhadores em assembleias nas regionais de Campinas, Osasco e Vinhedo e no encontro de base realizados pelo Sindicato Químicos Unificados em 27 de fevereiro, protocolada em 28 de fevereiro junto à representação patronal na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp):

Aumento salarial de 13%

Piso salarial de R$ 1.200,00

Participação nos Lucros e Resultados (PLR) mínima de R$ 2.000,00

Licença maternidade de 180 dias

Contra a dispensa imotivada

JORNAL DO UNIFICADOS: Especial
Econômico sobre Setor Farmacêutico

Capa Jornal do Unificados - edição especial sobre o crescimento do setor farmacêutico - março/11

Capa Jornal do Unificados – edição especial sobre o
crescimento do setor farmacêutico – março/11

Para que as trabalhadoras e trabalhadores tenham informações e argumentos na defesa da pauta de reivindicações, e para que possam tomar decisões sobre a proposta patronal, o Sindicato Químicos Unificadores preparou um estudo econômico sobre o desempenho do setor farmacêutico em 2010.

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