Uma assembleia que abordou as reivindicações e mobilizações da campanha salarial 2012 do ramo químico e os problemas específicos das trabalhadoras e trabalhadores no condomínio Rhodia, em Paulínia, atrasou em duas horas o início da produção, hoje (11/10/12). No site da Rhodia atuam sete empresas, com cerca de três mil trabalhadores entre efetivos e terceirizados. (Na foto acima, André, dirigente do Unificados, no microfone).
Acidentes
A falta de segurança no site da Rhodia é uma das questões que chamam a atenção, devido à série de acidentes que ocorrem.
Nesta terça-feira (08/10/12) houve vazamento de ácido nítrico, que não foi comunicado ao sindicato e nem à Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). Conforme informações, a comunicação não foi feita em tentativa da empresa em não perder índices classificatórios de qualidade de gestão e de padrão internacional, como, por exemplo, o ISO (International Organization for Standardization.
Em 16 de maio último, uma forte explosão deixou cinco trabalhadores feridos e destruiu a sala de controle da unidade de fabricação do ácido adípico.
Campanha salarial
A campanha salarial do ramo químico tem data base em 01 de novembro, e corresponde ao período aquisitivo de 01 de novembro de 2011 a 31 de outubro de 2012. Ontem (10/1012), em São Paulo, houve a primeira rodada de negociações entre representantes das empresas e sindicalistas, mas não houve avanços.
Estas são as reivindicações da categoria química na campanha salarial 2012, aprovadas em assembleias e entregues à patronal.
12% de reajuste salarial, que engloba reposição da inflação no período e 6% de aumento real com base nos ganhos do setor.
Redução da jornada de trabalho de 44h para 40h semanais, sem redução nos salários, com sábados e domingos livres.
Fim da terceirização e direitos iguais para todos.
Auxílio creche até os cinco anos da criança.
Licença maternidade em 180 dias.
Implantação de plano de cargos e salários.
Cesta básica ou cartão alimentação para todos.
Estabilidade até à aposentadoria para os trabalhadores acidentados.
Fornecimento de refeição ou cartão alimentação.
160 mil em luta
No estado de São Paulo, os sindicatos que fazem a campanha salarial unificada na Federação dos Trabalhadores das Indústrias Químicos do Estado de São Paulo (Fetquim) representam cerca de 160 mil trabalhadoras e trabalhadores. São o Sindicato Químicos Unificados (Campinas, Osasco e Vinhedo), Químicos e Plásticos de São Paulo, Químicos do ABC, Químicos de São José dos Campos e de Jundiaí.