7,5 % de reajuste salarial contra uma inflação projetada de 5,2% nos últimos doze meses, o que, portanto, significa um aumento real estimado em 2,3%, foi a proposta que a patronal do setor farmacêutico apresentou hoje (28/03/2012) na última rodada de negociações da campanha salarial 2012 do setor farmacêutico. Na foto, Arlei Medeiros (ao microfone), dirigente do Unificados, durante negociação da campanha salarial em São Paulo.
A data base da categoria é 01 de abril, referente ao período aquisitivo de 01 de abril de 2011 a 31 de março de 2012. A inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) destes doze meses será divulgada oficialmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas no dia 10 de abril. Ela é estimada em 5,2%.
A proposta
Esta é a íntegra da proposta patronal:
7,5% de reajuste nos salários, até o teto de R$ 5.500,00. Acima deste valor o reajuste é fixo no valor de R$ 412,50.
Piso salarial de R$ 967,50 nas empresas com menos de 100 trabalhadores; e de R$ 1.075,00 nas com mais.
PLR mínima de R$ 1.021,25 nas empresas com menos de 100 trabalhadores; e de R$ 1.397,50 nas com mais.
7,5% de reajuste na cesta básica, que vai para o mínimo de R$ 70,95 nas empresas com menos de 100 trabalhadores; e de R$ 107,50 nas empresas com mais.
Para avançar, somente com luta
Pelo calendário oficial das negociações entre os sindicatos da categoria, organizados na Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas do Estado de São Paulo (Fetquim), esta foi a última reunião entre sindicalistas e a patronal.
Agora, para que a patronal volte com nova proposta ou para garantir índices maiores de reajuste, as trabalhadoras e trabalhadores precisam fazer pressão diretamente nas empresas.
Decisão será em assembleias
Para que a categoria tome decisões sobre esta proposta patronal, as três regionais (Campinas, Osasco e Vinhedo) do Sindicato Químicos Unificados realizarão novas assembleias.
LEIA TAMBÉM
Trabalhadores preparam cartazes de protesto contra Atena e Ron
A Ron Brasil Plásticos e Embalagens, em Campinas, fechou as portas e deixou cerca de 70 trabalhadores sem receber qualquer direito.
O sindicato entrou com processo coletivo pedindo o arresto (bloqueio de máquinas, equipamentos etc para garantia de pagamento) dos bens da empresa, a liberação do FGTS e do seguro desemprego, já que a empresa não homologou nenhum dos trabalhadores e muito menos devolveu a carteira de trabalho de alguns, o que os impossibilita de conseguir outro emprego.
A juíza deu a ordem para o arresto e permitiu que dirigentes do Unificados e um grupo de trabalhadores acompanhassem o oficial de justiça no ingresso na fábrica, para a efetivação do arresto.
Enquanto isso, a Atena Tecnologia Indústria e Comércio de Eletroeletrônicos, em São Roque, fábrica que pertence aos mesmos proprietários, começa a ter a mesma postura da Ron Brasil, com a demissão de 40 trabalhadores e não pagando seus direitos.
ACESSE AQUI para assistir ao vídeo