As trabalhadoras e trabalhadores da Saint-Gobain do Brasil, em Vinhedo, atrasaram em quatro horas o início da produção na manhã de hoje (31/10/12) como forma de pressionar a patronal a atender as reivindicações da categoria e as específicas para a multinacional na campanha salarial 2012 do ramo químico.
Em assembleia, o turno que deveria entrar em atividade às 5 horas decidiu por uma paralisação de quatro horas, entrando na Saint-Gobain às 9 horas. Na foto acima, Francisco Natal, dirigente do Unificados na Regional Vinhedo, fala durante a assembleia.
Pressão pré-negociação
Na tarde de hoje ocorre a última rodada de negociações entre representantes da patronal e dirigentes sindicais, em São Paulo, sobre a campanha salarial 2012. A data base da categoria é 01 de novembro e corresponde ao período aquisitivo anual de 01 de novembro de 2011 a 31 de outubro de 2012.
A paralisação por quatro horas na Saint-Gobain teve o objetivo de pressionar a patronal antes do início desta negociação, que será no período da tarde, como demonstração de que há disposição de luta pela conquista das reivindicações apresentadas.
Ela busca também mostrar à Saint-Gobain que as reivindicações específicas para solucionar problemas na fábrica também devem ser atendidas.
Estas são as reivindicações específicas para a multinacional: plano de cargos e salários; tíquete alimentação de R$150,00; feriados e dias pontes; convênio médico para aposentados; plano odontológico; e não desconto no vale transporte.
Reivindicações da categoria
160 mil em luta
No estado de São Paulo, os sindicatos que fazem a campanha salarial unificada na Federação dos Trabalhadores das Indústrias Químicos do Estado de São Paulo (Fetquim) representam cerca de 160 mil trabalhadoras e trabalhadores. São o Sindicato Químicos Unificados (Campinas, Osasco e Vinhedo), Químicos e Plásticos de São Paulo, Químicos do ABC, Químicos de São José dos Campos e de Jundiaí.