Os trabalhadores da Rei Abrasivos (foto acima) e da Alcar Abrasivos, ambas em Vinhedo, entraram em greve hoje (12/11/13) por tempo indeterminado em busca de um reajuste em índice superior aos 7,5% oferecidos pela patronal na campanha salarial 2013 da categoria. Também na manhã de hoje, os trabalhadores da Fênix, em Paulínia, atrasaram em duas horas o início da produção em protesto pela não resposta da empresa às reivindicações específicas por eles apresentadas. Por outro lado, na Galvani, também em Paulínia, após pressão dos trabalhadores e negociações realizadas com a empresa pelo Unificados houve avanços no valor do tíquete refeição, mas a mobilização continua pelo fim da prática do assédio moral por mais produção.
Decisão da assembleia colocada em prática
Em assembleia realizada nos dias 8 e 10 de novembro nas regionais de Campinas, Osasco e Vinhedo, a decisão dos trabalhadores foi o de assinar a convenção coletiva proposta pela patronal, com 7,5% de aumento, mas considerando-a como condição mínima.
Assim, a mobilização continuaria, mas agora fábrica por fábrica com o objetivo de garantir índice superior a este e a de avanços nas reivindicações específicas.
VEJA AQUI todas as informações sobre a assembleia nas regionais que tomaram as decisões acima.
A greve na Rei Abrasivos
Na Rei Indústria e Comércio de Abrasivos Ltda., que tem cerca de 80 trabalhadores, em reunião no dia 05/11 a empresa aceitou adotar os sábados e domingos livres sem redução nos salários (até então, é em sábados alternados), propôs 8% de aumento salarial e R$ 1.568,70 de participação nos lucros e resultados (PLR). No entanto, os trabalhadores reivindicam reajuste salarial maior do que o o oferecido pela patronal na convenção coletiva mais PLR de R$ 1.900.00, e fazem pressão para que sejam atendidos.
Na Alcar a greve busca 10% de aumento
Já na Alcar Abrasivos Ltda. os cerca de 140 trabalhadores entraram em greve para fazer com que o reajuste sobre salários chegue a 10%, além da retirada de condicionantes para pagamento de PLR e cesta básica.
Em negociação com o sindicato no dia 08/11 a empresa propôs 8% de aumento, implantação de plano de cargos e salários em janeiro de 2014 e PLR de R$ 1.800,00 com um bônus de R$ 300,00 somente se, no ano de apuração, o trabalhador não tiver ausências injustificadas e acumular, no máximo, 44 horas de atestado médico, excluindo os referentes a acidente de trabalho.
Já a cesta básica, o mesmo valor dos atuais R$ 100,00 ficaria condicionada à somatória de tempo das ausências injustificadas (faltas, atrasos e saídas) no período de apuração do ponto, não podendo ultrapassar 08h47. Não aceitando as condições da empresa, os trabalhadores da Alcar decidiram cruzar os braços por tempo indeterminado a partir de hoje.
Atraso de produção na Fênix Lubrificantes, em Paulínia
Os trabalhadores da Fênix Lubrificantes, que conta com 200 trabalhadores, em Paulínia, fizeram uma paralisação com atraso de duas horas na produção em protesto contra a falta de resposta da empresa às reivindicações específicas. Após o protesto, representantes da empresa marcaram reunião para quinta-feira (14), às 16h.
Os trabalhadores reivindicam transporte fretado, um programa de participação nos lucros e resultados (PLR) que ofereça mais do que o valor de R$ 1.159,49 estabelecido como o mínimo pela convenção coletiva, aumento no tíquete refeição dos R$ 14,00 para R$ 25,00 e também aumento no valor da cesta básica, passando dos atuais R$ 100,00 para R$ 250,00.
A mobilização dos trabalhadores da Fênix é também pelo fim da prática de assédio moral, redução no custo da Unimed para os dependentes e por melhorias na segurança e condições de trabalho.
Conquista na Galvani, em Paulínia
Após reunião entre representantes da Galvani Indústria Comércio e Serviços S/A e do Unificados, e com pressão dos aproximadamente 600 trabalhadores da fábrica em Paulínia, foi conquistado reajuste de 14,3% no tíquete alimentação, que passou de R$ 140,00 para R$ 160,00. Durante a reunião, o sindicato alertou a empresa de que a prática de assédio moral tem que acabar, caso contrário ocorrerá paralisação.
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* De 15 a 17 de novembro: Seminário Nacional da Intersindical – Encontros terão como objetivo debater os rumos para a formalização da entidade.