Trabalhadores e trabalhadoras da EMS Farmacêutica, em Hortolândia, realizaram assembleias hoje (13/03/14) para discutir a campanha salarial 2014. A data base da categoria é 1º de abril, e corresponde ao período aquisitivo de 1º de abril de 2013 a 31 de março de 2014.
As reivindicações gerais
Reajuste salarial de 12% (reposição das perdas inflacionárias mais aumento real);
Piso de R$ 1.810,00 (equivalente a 2,5 salários mínimos);
Participação nos lucros e resultados (PLR) R$ 3.620,00;
Cesta básica no valor mínimo R$ 325,00;
Medicamentos gratuitos para os trabalhadores e familiares;
Fim do teto salarial para aplicação do reajuste; e
Licença maternidade de 180 dias compõem as reivindicações da categoria, que já foram entregues à patronal.
Nos dias 26 e 27 de março ocorrem as primeiras reuniões de negociação entre a bancada patronal e sindicalistas.
Assédio moral na EMS
Durante a assembleia, os dirigentes do Unificados destacaram a importância de mobilização para acabar com a precarização das condições de trabalho impostas pela EMS. Um dos problemas é o assédio moral para aumento da produtividade. A empresa paga aos gerentes um bônus por metas atendidas. Este estímulo aos chefes transforma-se na linha de produção em pressão e assédio constantes.
Essa situação prejudica a saúde dos trabalhadores e o convênio médico deixa a desejar. Segundo Luisinho, dirigente do Unificados, é muito difícil um trabalhador da EMS conseguir um atestado integral ao passar por consulta com médicos do convênio. Pessoas machucadas são liberadas para trabalhar, denuncia. Por isso, uma das reivindicações da pauta específica da EMS é pela mudança do convênio.
O Unificados exige que a empresa passe a abrir Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) para doenças ocupacionais como os casos de Lesões por Esforço Repetitivo (LER/DORT) e problemas psicológicos causados pela pressão no trabalho. A farmacêutica não cumpre esta sua obrigação exigida por lei.
Outra reivindicação dos trabalhadores da EMS é para que a empresa corrija os salários dos operadores da produção, que hoje recebem como auxiliares.
Os trabalhadores também reivindicam o fim da jornada 6×2, em que as folgas de final de semana só ocorrem a cada 45 dias, e que seja implantada uma jornada com sábados e domingos livres.