Na primeira rodada (foto acima, de Dino Santos) de negociações da campanha salarial 2014 do setor farmacêutico a patronal propôs um reajuste de 5,62%, índice que foi rejeitado na própria mesa pelos sindicalistas e nem será levada para avaliação junto às trabalhadoras e trabalhadores. Estes 5,62% seriam apenas a reposição da inflação projetada, e não haveria aumento real nos salários. A categoria reivindica 12% de reajuste, número que comporta a inflação projetada para os últimos 12 meses, mais aumento real pela produtividade. O índice seria aplicado nos salários até o teto de R$ 6.125,00, sendo que para os acima deste valor o reajuste seria no valor fixo de R$ 344,22.
Quanto à reivindicação do aumento da licença-maternidade para 180 dias, a patronal oferece conceder desde já para as empresas que possuem acima de 500 trabalhadores. Este número de trabalhadores seria reduzido anualmente, de forma que em cinco anos todas os estariam praticando. Os sindicalistas querem manter este debate ainda na atual campanha salarial. Eles reivindicam que a licença-maternidade passe a valer já em 2014 nas empresas com número maior de 100 trabalhadores.
Quanto aos demais índices, a patronal oferece o piso salarial em R$ 1.120,00 nas empresas até 100 trabalhadores (aumento de 6,69% em relação ao vigente), e de R$ 1.261,60 nas demais.
A participação nos lucros e resultados (PLR) oferecida é de R$ 1.170,32 nas empresas com até 100 trabalhadores, e de R$ 1.623,64 nas demais.
Dia 28, nova negociação
As negociações entre os representantes das empresas do setor farmacêutico e os sindicalistas serão retomadas dia 28/03, em São Paulo.
A data base do setor é 01 de abril, e corresponde ao período aquisitivo de 01 de abril de 2013 a 31 de março de 2014.
A campanha é coordenada pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas do Estado de São Paulo (Fetquim) e dela participam o Sindicato Químicos Unificados, Químicos e Plásticos de São Paulo, Químicos do ABC, Químicos de São José dos Campos e Químicos de Jundiaí.
São cerca de 60 mil trabalhadores envolvidos, 75% da categoria no estado de São Paulo. Destes, oito mil estão na base territorial (Campinas, Osasco, Vinhedo e regiões) do Sindicato Químicos Unificados.