Uma assembleia na EMS Farmacêutica, em Hortolândia, e outra na Biolab Farmacêutica, em Itapevi, foram realizadas na manhã de hoje (11) pelo Sindicato Químicos Unificados. Em ambas, foram abordados a campanha salarial do setor farmacêutico e problemas específicos nas duas empresas.
13% de aumento salarial é a reivindicação na campanha salarial
Após informes e esclarecimentos de dúvidas sobre o andamento da campanha salarial, foram apresentados aos(às) trabalhadores(as) da EMS e da Biolab os pontos que integram a pauta de reivindicações e sua aprovação pela categoria em assembleia e encontro de base realizados pelo Unificados. Para mais detalhes, leia AQUI.
Como reivindicações econômicas, os trabalhadores farmacêuticos aprovaram a luta por 13% de reajuste salarial (reposição da inflação mais aumento real), piso salarial no valor de R$ 1.970,00, participação nos lucros e resultados (PLR) mínima de R$ 3.940,00 e valor mínimo de cesta básica/vale alimentação de R$ 372,00.
Esta campanha salarial é relativa ao período de 01 de abril de 2014 a 31 de março de 2015. Como a projeção da inflação anual pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC pelo qual os salários são balizados) nestes doze meses está em torno de 6,5% (o índice oficial será divulgado em 10 de abril), o aumento real reivindicado chegaria nesta mesma porcentagem.
EMS – Hortolândia
Mudanças que a farmacêutica quer fazer na jornada de trabalho é uma das questões que mobilizam o chamado chão da fábrica, com diversas reuniões já realizadas entre o Sindicato Químicos Unificados e a farmacêutica.
Ela quer implantar o seguinte sistema de rodízio na jornada, pois irá funcionar 24 horas por dia:
a) 5 dias de trabalho por 1 de descanso, durante 3 semanas seguidas.
b) Na sequência, seriam 3 dias de trabalho por 3 de descanso.
c) Finalizando com 3 dias de trabalho por 1 de descanso. Posteriormente, retoma-se o ciclo.
Esta jornada leva o trabalhador a ter apenas uma vez por mês o descanso em final de semana completo, no sábado e no domingo.
A EMS tem aproximadamente dois mil trabalhadores.
Biolab Itapevi
Além da pauta geral da campanha salarial, os trabalhadores reivindicam convênio médico igual para todos, sem coparticipação; aumento do tíquete alimentação para R$ 372,00; fim da pressão que a liderança exerce sobre os trabalhadores para que façam hora extra; além do correto registro dos auxiliares, que operam máquinas sem ter registro e sem receber salário de operador.
A Biolab tem cerca de 300 trabalhadores.