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Assembleias na Softcaps e Latinofarma pela campanha salarial e reivindicações específicas, em Cotia, dia 27

Os(as) trabalhadores(as) de duas empresas farmacêuticas localizadas em Cotia, a Softcaps e a Latinofarma Indústria Farmacêutica, realizaram assembleia ontem (27/03) para tratar da campanha salarial. A data base é 01 de abril e corresponde ao período de 01 de abril de 2014 a 31 de março de 2015.

Softcaps

Na Softcaps (foto acima) há a disposição em parar a produção caso a farmacêutica mantenha postura intransigente em relação às reivindicações específicas.  A fábrica conta com cerca de 150 trabalhadores.

Uma pauta foi entregue aos representantes da empresa, mas em resposta a Softcaps informou que só negociaria a pauta específica após o encerramento das negociações da campanha salarial entre a Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico do Estado de São Paulo, da qual o Unificados faz parte) e o sindicato patronal (Sindusfarma). Os trabalhadores rejeitaram a proposta da empresa e querem que a Softcaps negocie a pauta por inteiro.

A pauta especifica é:

– Fim das revistas em bolsas das funcionarias;

– Fim da obrigatoriedade de horas extras aos domingos e feriados;

– Fim do Assédio Moral.

Latinofarma Indústria Farmacêutica

Na Latinofarma (foto acima), que tem cerca de 200 trabalhadores, as reivindicações são:

– Fim do acúmulo de funções;

– Fim da pressão contínua para aumentar cada vez mais a produção;

– Medidas para evitar os riscos de acidente de trabalho;

– Mais transparência nas informações sobre a venda da empresa;

– Fim da sobrecarga de trabalho e da exigência de horas extras;

– Melhorar o convênio médico e implantar plano odontológico;

– Receber adicional de periculosidade;

– Fim das ameaças de demissão;

– Melhorar a alimentação, diminuindo o valor cobrado e oferecendo mais opções de pratos.

Assim como na Softcaps os representantes da empresa também se recusaram a negociar as reivindicações dos trabalhadores, sob a alegação de que o processo de negociação está a cargo do Sindusfarma.

O Unificados argumenta que enviar pauta específica para o Sindusfarma não procede, pois ela inclui questões que apenas a empresa pode resolver. Além disso, a mobilização do sindicato é por conquistas além das reivindicações gerais da campanha salarial, que são negociadas diretamente com as empresas.

Na prática, a resposta da Latinofarma significa uma recusa da empresa em negociar diretamente com o sindicato e uma recusa em resolver os problemas existentes na fábrica. Na assembleia, os trabalhadores decidiram reapresentar a pauta com todos os itens, os da campanha salarial e os específicos. Se a empresa se negar a negociar, os trabalhadores podem parar a produção.

Segunda negociação dia 30

A próxima rodada de negociação entre os sindicatos que integram a Fetquim e a patronal será na segunda-feira (30/03). Na primeira reunião o Sindusfarma propôs reajuste salarial apenas com a reposição das perdas inflacionárias.

A inflação acumulada entre 1º de abril de 2014 e março de 2015 ficou em 6,8%, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC-Geral). A proposta foi rejeitada pelos sindicatos na mesa de negociação por estar muito abaixo dos 13% reivindicados pela categoria.

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