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Em seminário realizado na Fetquim (Federação das Indústrias do Ramo Químico no Estado de São Paulo) os sete sindicatos a ela filiados definiram as reivindicações gerais que serão apresentadas à patronal na campanha salarial 2016. Estas reivindicações foram debatidas e aprovadas pelos trabalhadores em assembleias realizadas nos sindicatos. No Unificados ela ocorreu no encontro/assembleia realizado em 28 de fevereiro.
A elas serão acrescentadas reivindicações pontuais e específicas para cada empresa. A data base do setor farmacêutico é 01 de abril e corresponde ao período aquisitivo de 31 de março de 2015 a 01 de abril de 2016. No total, ela abrange cerca de 35 mil trabalhadores.
A campanha salarial é centralizada na Fetquim e unificada com sete sindicatos São Paulo, ABC, Campinas, Osasco, Vinhedo, Jundiaí e São José dos Campos.
As reivindicações gerais
1) Reajuste salarial: 15%. Reposição da inflação apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), estimada em perto de 10% no período de 31 de março de 2015 a 01 de abril de 2016 (data base), mais 5% aumento real para todas as faixas salariais, sem teto.
2) Salário normativo (piso salarial) de R$ 1.700,00;
3) Participação nos lucros ou resultados (PLR) de R$ 3.400,00 (valor correspondente a dois pisos salariais agora reivindicados);
4) Cesta básica ou vale-alimentação de R$ 449,00, valor referente ao preço da cesta pesquisada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) em São Paulo no mês de janeiro de 2016, que é de R$ 448,31;
5) Acesso gratuito aos medicamentos para os (as) trabalhadores (as) e seus familiares;
6) Jornada de trabalho de segunda à sexta-feira, com sábados e domingos livres.
Inflação estimada para os trabalhadores é entre 10% e 11%. Crescimento do setor foi de 14,33% em 2015
Na avaliação dos (as) trabalhadores, o fato de o mercado farmacêutico no Brasil não ter parado de crescer entre 2003 e 2015 justifica a reivindicação dos 15% como reajuste salarial. O crescimento em 2015 foi de 14,33% contra 13,65% em 2014, segundo dados do IMS Health Brasil (empresa especializada em análise de mercado).