Ela chegou de mansinho, mas já se disseminou pelo país. Até o fechamento desta edição foram 29 mortes em consequência da chamada gripe suína em quatro estados, inclusive em São Paulo.
A entrevista desta edição do Jornal do Unificados é com Simone Cristina Pedrollo Lora, diretora da Vigilância em Saúde e Maria Conceição Harb, enfermeira do Departamento Vigilância Epidemiológica, ambas da cidade de Itapema, Santa Catarina.
Entenda como se dá o contágio para tomar atitudes eficazes de prevenção em casa, na rua e no trabalho.
Unificados: Há motivo de pânico pelo conjunto da população?
Dra. Simone: Não, pois o número de mortes no Brasil pela gripe A até agora foi considerado baixo. Portanto se a pessoa for diagnosticada previamente e tratada, não há motivo de pânico, pois o que provoca a morte é a complicação da doença causada pelo vírus, exemplo, pneumonia.
Unificados: Todos que espirram ou tossem devem correr ao médico, ou somente quem apresente o grupo de sintomas?
Dra. Simone: Não, pois os sintomas como espirros e tosse, não é motivo da procura ao médico. Deve-se procurar uma Unidade Básica de Saúde somente se apresentar sintomas como febre alta, tosse, dor de garganta e falta de ar.
Unificados: Há o costume generalizado de cumprimentar com “beijinhos”. Como medida de precaução, isso deve ser evitado?
Dra. Simone: Deve ser evitado o cumprimento com beijos, pois o contágio pode se dar através da saliva.
Unificados: Há receitas caseiras para se fortalecer contra o vírus, como chá de alho, limão, mel, tomar vitamina C…? Isso funciona?
Dra. Simone: As receitas caseiras funcionam quando a pessoa apresenta sintoma gripal leve, não funcionam para a gripe A.
Unificados: E a automedicação?
Dra. Simone: Ninguém deve tomar medicamento sem indicação médica, a automedicação pode mascarar sintomas e até causar resistência do vírus.
Unificados: O Brasil está preparado para enfrentar a gripe?
Dra. Simone: Sim, o Ministério da Saúde juntamente com as Secretarias Estaduais e Municipais está preparado para enfrentar a gripe A. Os profissionais foram bem capacitados quanto ao enfrentamento da gripe A através das ações de assistência como, por exemplo: atendimento, coleta de material, análise de exames, monitoramento da pessoa infectada e contatos entre outros.
Temos que levar em conta que estamos no inverno e que é muito comum a população apresentar estado gripal.