Conquista na farmacêutica é histórica: pela primeira vez foram alcançados todos os pontos de pauta de reivindicações protocolada.
Uma organização com muita união, resistência e luta levou à conquista de equiparação salarial na EMS Farmacêutica, localizada em Hortolândia. A partir de agora, em todos os setores da planta industrial o salário inicial na empresa é de R$ 910,00. As trabalhadoras e trabalhadores da Tops, uma divisão da EMS, receberam um reajuste de 31,89% sobre o salário anterior, que era de R$ 690,00. Nos demais setores, que recebiam o piso da categoria no valor de R$ 713,00, o reajuste salarial é de 27,63%.
Os (as) trabalhadores (as) que recebem acima destes valores têm o reajuste de 6,5% nos salários. Desta porcentagem, 5,5% são referentes à reposição da inflação medida no período de 01 de abril de 2007 a 31de março último, mais 1% de aumento real.
A data base do setor farmacêutico no ramo químico é 1º de abril. Em assembléia de campanha salarial realizada no dia 18 último nas regionais de Campinas, Osasco e Vinhedo os (as) trabalhadores (as) decidiram por aceitar a contraproposta patronal de 6,5% de reajuste, mas manter as mobilizações nas fábricas em busca de um maior aumento real específico nos salários.
Foi o que os (as) trabalhadores (as) da EMS Farmacêutica fizeram e foram vitoriosos.
Negociações têm continuidade
A partir de agora, tem início uma nova etapa de negociações entre a empresa, o sindicato e os (as) trabalhadores. Entrarão em discussão as reivindicações sobre o plano de cargos e salários na farmacêutica e a antecipação da redução da jornada de trabalho de 42h para 40 horas semanais, sem redução nos salários, inicialmente prevista para 2009 conforme acordo coletivo assinado para o setor farmacêutico.
Assembléia aprova por unanimidade
Na madrugada de hoje (24 de abril), em assembléia realizada na portaria da empresa com o sindicato, por unanimidade os trabalhadores aprovaram assinar com a EMS Farmacêutica este acordo específico.
A EMS
O Grupo EMS Sigma-Pharma tem unidades em Hortolândia e em São Bernardo do Campo. Em Hortolândia, sua produção atual compõe-se de medicamentos líquidos, semi-sólidos, injetáveis e cápsulas moles. Esta planta industrial tem cerca de 1.800 trabalhadores.