Diante da perspectiva do aprofundamento ainda mais dos ataques promovidos pelo capital às conquistas dos trabalhadores e trabalhadoras, no segundo mandato do governo Lula, através de leis, medidas provisórias e administrativas e das reformas da Previdência, Trabalhista e Sindical, entre outras e da total capitulação dos setores majoritários do movimento sindical a estas políticas neoliberais, A Intersindical, reunida em seu II Encontro Nacional em São Paulo, nos dias 2 e 3 de dezembro, com centenas de militantes sindicais, representando 12 estados, resolve:
1) Desenvolver a Campanha “Nenhum direito a menos, avançar nas conquistas”, visando intensificar a discussão, conscientizar, mobilizar e unificar os lutadores e lutadoras sociais para derrotar a política dos governos neoliberais, que retiram as conquistas e direitos históricos da classe trabalhadora, bem como destruir as suas formas e possibilidades de organização como classe.
2) Construir com as demais organizações e movimentos sociais que estão resistindo ao neoliberalismo um Encontro Nacional Sindical e Popular Contra as Reformas Neoliberais, no início de 2007, com o objetivo de criar um Plano de ações e lutas comuns para o enfrentamento ao ataque do capital e do governo Lula. Para isto propomos uma reunião preparatória com as demais iniciativas, que possa avançar na construção e preparação do Encontro.
3) Nossa concepção sindical esta baseada no enfrentamento ao Estado Capitalista, com autonomia e independência com relação aos governos, patrões e partidos no sentido da organização autônoma e independente dos trabalhadores e trabalhadoras, sustentada em suas organizações de base, visando romper com o corporativismo e combatendo a burocracia, o assistencialismo e o aparelhismo sindical. Resgatando os princípios históricos da classe trabalhadora, tais como: classismo, liberdade e autonomia sindical, a unidade, democracia operária, o internacionalismo, independência e solidariedade de classe, na perspectiva do socialismo.
4) O desafio que assumimos na Intersindical é reorganizar os trabalhadores a partir dos locais de trabalho, com os que se encontram, também, desempregados, precarizados e na informalidade. Sem a pretensão de substituir o movimento, mas de ser parte desse processo de reorganização da classe.
5) A Intersindical busca a unidade de todos os setores que querem lutar, que estejam ou não organizados em Centrais Sindicais, que tenha compromisso classista e a prática mais ampla e democrática nas tomadas de decisões.
Entendemos que o próximo período exigirá de nós firmeza e ousadia. Portanto, temos como instrumentos a formação, a ação, a organização na base e a reorganização para superar a fragmentação e dar um salto de qualidade para que nos reconheçamos mais do que como categorias, mas como classe.
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