Manifesto: Unir os Trabalhadores e Fortalecer a CUT – Por uma Opção Socialista – (veja abaixo)
Realizar eleição direta na base com diretoria única em 2005, a relação do sindicato e da CUT com o governo Lula (mais abaixo, o manifesto aprovado), o Plano de Lutas e o Estatuto da entidade foram os principais pontos discutidos no 2º Congresso do Sindicato Químicos Unificados (Campinas, Osasco, Vinhedo e Regiões) realizado de 25 a 27 de julho últimos, em Louveira/SP, com a presença de aproximadamente 300 trabalhadores (as). O Sindicato Químicos Unificados é formado por cerca de 33 mil trabalhadores (as), em 19 municípios que compõe a base territorial de Campinas Osasco, Vinhedo e regiões.
A eleição direta na base de uma diretoria única no ano de 2005 irá concluir o processo exigido pela legislação para concretizar a unificação dos sindicatos Químicos, Plásticos, Abrasivos, Farmacêuticos e Similares de Campinas, Osasco, Vinhedo e regiões. Na prática, no campo político, essa unificação já está implantada conforme decisão aprovada por unanimidade pelos trabalhadores no Congresso de Unificação, realizado em março de 2002. Anteriormente, em julho de 2001, em um plebiscito realizado em toda a categoria, essa unificação já havia sido aprovada por 93% dos trabalhadores na base.
Nos próximos dias, assim que estiver concluída a sistematização com as emendas aprovadas e a redação final, a Análise de Conjuntura, o Plano de Lutas e o Plano de Ação serão divulgados nesse nosso sítio.
Momentos do Congresso: explanação de propostas
A história da unificação
Diretores das regionais de Vinhedo, Osasco e Campinas comemoram a consolidação da unificação
Essa unificação é o resultado de um movimento de resistência denominado Esquerda Química, que aflorou na CUT – Central Única dos Trabalhadores no ano de 1995. Os integrantes desse movimento formavam então uma frente de sindicalistas do Ramo Químico em todo o Brasil, com uma visão de que era necessário um combate mais radical às políticas neoliberais promotoras do aumento da fome, da miséria e do desemprego, além da necessidade de se resgatar os ideais que orientaram a formação da CUT, como o sindicato classista, democrático, combativo e defensor da superação da exploração capitalista e construção de uma nova sociedade justa e democrática, o socialismo. Essa disputa de rumos na CUT e na CNQ – Confederação Nacional dos Químicos sempre foi polarizada entre a corrente majoritária na Central, a Articulação Sindical, e o campo mais à esquerda que, no caso químico, ficou nacionalmente conhecido como a Esquerda Química.
Companheiro Arcênio é homenageado em filme documentário produzido pelo sindicato
Companheiro Arcênio: homenageado com documentário sobre sua importância política
O companheiro Arcênio, dirigente da Regional de Osasco falecido em janeiro de 2002 foi homenageado no 2º Congresso com a apresentação de um filme documentário sobre sua vida e militância política.
Arcênio, desde jovem, sempre foi um batalhador nas lutas da classe trabalhadora e dos movimentos sociais e populares. Preso durante a ditadura militar, mesmo torturado não dedodurou ninguém. Saindo da prisão, uma de suas primeiras iniciativas foi o de montar em sua própria casa um curso de formação política para os trabalhadores.
Inúmeros organizações dos trabalhadores, como grupos de fábrica, de organização no local do trabalho, de oposições sindicais aos pelegos e o PT devem muito à ação, ao esforço e à dedicação do Arcênio, que nunca relutou em deixar a sua vida pessoal em segundo plano para priorizar as lutas da classe trabalhadora, fossem elas nacionais ou internacionais.
TV COT
O filme documentário apresentado em sua homenagem foi produzido pela TV COT, do Centro Organizativo dos Trabalhadores, que é uma entidade dos trabalhadores e trabalhadoras da base do Sindicato Químicos Unificados. Recentemente criada e instalada, a TV COT dedica-se a registrar e produzir documentários sobre as lutas sindicais, populares e de todo o movimento social.
MANIFESTO APROVADO NO 2º CONGRESSO
Unir os Trabalhadores e Fortalecer a CUT – Por uma Opção Socialista –
A eleição de Lula abre um novo processo histórico e nos coloca diante de perspectivas complexas e contraditórias. Os rumos políticos do Brasil sempre estiveram nas mãos das classes dominantes, e os trabalhadores e seus partidos sempre passaram à margem do centro do poder político. Essa realidade, que consideramos um grande avanço da classe, leva os diferentes grupos sociais organizados a fazerem opções. A nossa é defender a luta direta dos trabalhadores e a sua unidade com os movimentos populares e classistas: defendemos a sua auto-organização, de modo a garantir a sua mais completa independência frente ao Estado e à burguesia.
Por isso, defendemos a UNIDADE DOS MOVIMENTOS SOCIAIS E O FORTALECIMENTO DA CUT enquanto entidade de luta dos trabalhadores. Somos radicalmente contra parte da direção da CUT e de todos que trabalham para atrelar a CUT ao governo. A melhor forma de contribuirmos com os trabalhadores e o governo é colocar a CUT e toda sua direção a serviço da luta, mobilizando os trabalhadores contra as elites, contra esta Reforma da Previdência e apoiando a luta dos Servidores.
Nos dirigimos aqui a todos os militantes e grupos organizados conclamando sobre a necessidade de construirmos um Bloco Sindical com uma forte coluna de quadros e militantes, que tenha a organização necessária para enfrentar os desafios colocados na realidade brasileira e fazer com que a CUT cumpra as seguintes tarefas:
– Ser um instrumento na luta antiimperialista, contra a ALCA e contra o pagamento da dívida externa, que tem estagnado os investimentos necessários ao país;
– Ser um instrumento de mobilização pela base, buscando sempre a unidade da classe, de modo a reunir as condições para a retomada das grandes mobilizações por um plano econômico de opção socialista, com medidas que reduzam a desigualdade, possibilitem crescimento econômico, gerem empregos e melhorem a qualidade de vida;
– Lutar pela Reforma Agrária sob controle dos trabalhadores. Defendemos as ocupações dos latifúndios e de terras improdutivas, por isso apoiamos o MST. Exigimos que cessem as prisões dos trabalhadores do MST, exigimos a liberdade de todos os presos políticos. Punição aos assassinos;
– Assumir a defesa dos trabalhadores perseguidos no mundo – como na Colômbia -, denunciar as multinacionais que atentam contra o povo – como a Coca Cola – e repudiar a campanha caluniosa que a UITA – União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação vem fazendo contra sindicatos colombianos; e
– Organizar uma ampla Campanha Salarial Nacional, visando construir uma política que recomponha o poder de compra dos trabalhadores e possibilite a organização no local de trabalho.
– Apoiar todas as ocupações de terreno e prédios abandonados para que possamos ter direito a moradia.
Louveira, 27 de julho de 2003
Delegados e delegadas presentes no
2º Congresso do Sindicato Químicos Unificados
junho/2003
2º Congresso: Para consolidar unificação e decidir caminhos
Será nos dias 25, 26 e 27 de julho, em Louveira
“Consolidar… Avançar… Conquistar!” – O tema do 2º Congresso aponta claramente a sua importância para as nossas lutas e para o fortalecimento de nossa entidade de classe, o sindicato. Nele, vamos buscar consolidar a Unificação dos sindicatos de Campinas, Osasco e Vinhedo e vamos discutir e decidir caminhos para fazer avançar a nossa organização, sempre com o objetivo de garantir novas conquistas para a categoria e para a classe trabalhadora.
Congressos das regionais
O Sindicato Químicos Unificados já é uma realidade, com forte representatividade e poder de fogo conforme comprovam suas conquistas como, por exemplo, a recente Campanha Salarial Emergencial. Mas a burocracia legal exige que as regionais, os sindicatos de Campinas, Osasco e Vinhedo, realizem congressos. Como os problemas são comuns entre as três entidades, o 4º Congresso de Campinas, o 6º de Osasco e o 5º de Vinhedo serão realizados em conjunto com o 2º dos Químicos Unificados.
A decisão é sua!
Quem aponta os rumos no Sindicato Químicos Unificados são sempre os próprios trabalhadores (as). A direção tão somente executa aquilo que os (as) companheiros (as) na base decidem nas assembléias, encontros e congressos. Assim, a sua ativa participação no 2º Congresso dos Unificados é muito importante. Venha se informar, dar opiniões e sugestões e, principalmente, participar da decisão sobre os rumos de nossas lutas e de nosso sindicato. Se você não estiver presente, quem comparecer irá decidir também por você.
Sua presença é muito importante, pois essa luta também é sua. Venha dar sua proposta. Venha tomar decisões!
Assembléias nas regionais
Também haverá avaliação da Campanha Salarial Emergencial
Na prática, o nosso 2º Congresso dos Unificados começa antes. Ele começa com assembléias nas regionais de Campinas, Osasco e Vinhedo, nas quais são discutidos e aprovados pontos necessários para a sua organização e funcionamento. E como a democracia e a participação dos trabalhadores é questão de princípio para nós, tudo isso também é aprovado pela categoria nessas assembléias.
Em Osasco, assembléia mostra disposição
Na Regional Osasco a assembléia foi realizada no dia 27 de junho. Nela, os (as) trabalhadores (as) aprovaram o regimento interno do congresso, sua comissão organizadora e a realização do 6º Congresso do Sindicato dos Químicos e Plásticos de Osasco em conjunto com o 2º Congresso dos Químicos Unificados.
Todos demonstraram disposição de luta e interesse em participar do nosso 2º Congresso, como forma de cumprir com seus papéis para a consolidação do processo de unificação. Chamamos a todos os trabalhadores da categoria para, juntos, enfrentarmos mais este grande desafio.
Vamos todos, juntos, dar um forte impulso em nossas lutas
Vamos avaliar… vamos avançar… vamos partir para novas conquistas… Vamos fazer um grande e representativo Congresso!
Já completamos um ano da unificação dos sindicatos de Campinas, Osasco e Vinhedo, concretizada no Seminário de Unificação realizado em março de 2002 em Paraibuna. E os resultados conquistados em apenas um ano mostram de forma clara e indiscutível o acerto dessa decisão dos 33 mil trabalhadores (as) que integram nossa entidade. Agora, é hora de avançarmos. E para isso, nesse nosso 2º Congresso vamos avaliar a unificação, vamos fazer avançar nossa organização, e vamos traçar caminhos para novas lutas que nos garantam mais conquistas.
Dia e local
Ele será realizado nos dias 25, 26 e 27 de julho (sexta-feira, sábado e domingo), na Estância Santa Mônica, em Louveira. Seu início será às 20 horas do dia 25 e o encerramento às 17 horas do dia 27.
Quem pode participar
Podem participar do Congresso, com direito à voz e voto, todos (as) os (as) trabalhadores sindicalizados (as) da categoria nas bases territoriais de Campinas, Osasco, Vinhedo e regiões, desde que tenham feito previamente a inscrição para dele participar.
Como se inscrever
Para efeito de uma boa organização, precisamos saber quantos (as) companheiros (as) estarão presentes. Por isso, é necessário fazer a inscrição com antecedência. E para se inscrever basta tão somente procurar um dirigente sindical na portaria da empresa em que você trabalha ou ir diretamente às regionais ou subsedes de Campinas, Osasco e Vinhedo. Mas atenção: a data limite para fazer a inscrição é o dia 18 de julho.
Transporte, alimentação e alojamento estão garantidos
Já está tudo programado. O transporte, a alimentação e o alojamento correrão por conta do Sindicato Químicos Unificados. Os quartos serão coletivos. Os ônibus sairão dos sindicatos no início da noite sexta-feira (horário a ser confirmado na inscrição) e o retorno (saída) de Louveira será às 17 horas do domingo. O alojamento e todas as refeições serão na própria Estância.
As crianças
Os (as) trabalhadores (as) que não tenham com quem deixar os filhos com até 12 anos poderão levá-los ao Congresso. Na Estância há parques, brinquedos e monitores que estarão acompanhando, cuidando e promovendo atividades para a criançada. Se você for levar seu filho, não se esqueça de deixar isso bem claro quando for fazer a inscrição para participar do Congresso.
Pauta dos trabalhos
Essa é a pauta que irá nortear os trabalhos e as discussões no 2º Congresso dos Químicos Unificados:
– Avaliar e consolidar a Unificação
– Discutir e aprovar o Estatuto dos Químicos Unificados
– Eleição comum em 2005 nas regionais de Campinas, Osasco e Vinhedo
– Avaliar a situação política e econômica, nacional e internacional
– Os interesses da classe trabalhadora e o governo Lula