O acordo do Programa de Participação nos Resultados (PPR) na Saint-Gobain, em Vinhedo, está um verdadeiro absurdo, principalmente no setor de Cerâmicas. Há cinco anos que a meta do PPR deste setor não atinge o 100% estabelecido. Assim, também há cinco anos os trabalhadores não recebem o PPR integral. Na imagem acima, Heraldo Marassato (de vermelho), dirigente da Regional Vinhedo, durante assembleia na Saint-Gobain.
Trabalhador sofre acidente e, por
cima, é penalizado pela empresa
O Unificados é contra algumas cláusulas do acordo do PPR proposto pela Saint-Gobain, como, por exemplo, a questão dos acidentes de trabalho e do absenteísmo (ausência trabalho).
Os trabalhadores não podem ser punidos por terem que se ausentar do trabalho ou por estarem envolvidos em acidentes de trabalho. Esta prática da empresa tem como objetivo castigar os trabalhadores em dobro! Afinal, os acidentes de trabalho são causados principalmente pela omissão da própria empresa em relação à segurança, ou por pressão para produzir cada vez mais.
E, muitas vezes, os trabalhadores precisam se ausentar por questões pessoais, ou mesmo por que não aguentam mais tanta pressão no ambiente de trabalho.
Maracutaia
Para se livrar do pagamento do INSS e de outros encargos, a Saint-Gobain coloca no mesmo acordo do PPR dos setores Cerâmicas e Plásticos outras divisões da empresa, como escritório de vendas e técnicos da cidade de Cubatão, Vitória e Belo Horizonte.
O Unificados não concorda com este absurdo, pois cada setor deve ter o seu próprio acordo, possibilitando que trabalhadores e sindicato participem das negociações dos termos do PPR.
Aviso prévio indenizado
O acordo proposto pela Saint-Gobain quer desconsiderar o tempo de aviso prévio Indenizado para a contagem do PPR. O Unificados não aceita isso. Se os dias foram trabalhados, eles devem ser contados!
Executivos levam a
maior fatia do bolo
Não bastassem as metas inatingíveis e as cláusulas que só prejudicam os trabalhadores, a Saint-Gobain piora ainda mais sua proposta para o acordo do PPR. Os cargos executivos, mensalistas e o setor de vendas têm metas específicas e individuais. Para completar, essas metas não são divulgadas.
Ou seja, tudo indica que estes setores estão levando a maior fatia do bolo, enquanto os trabalhadores da produção têm que suar a camisa e correr riscos de acidentes para tentar atingir as metas. Ainda assim, para receber uma fatia magrinha perto dos grandes lucros da empresa.
Devemos acabar com essa discriminação! Quem produz deve receber sua parte, sem riscos à saúde e sem pressão por produção.
Reivindicações
A Saint-Gobain finge não ouvir as reivindicações dos trabalhadores. O acordo do PPR não apresenta nenhuma proposta para o futuro, como a transformação do PPR em PLR, o prêmio por produção, aumento real dos salários, 14º salário, abono etc.
Estas são reivindicações que o sindicato coloca em pauta todos os anos. Exigimos que
elas façam parte do acordo deste ano! E lutaremos para conquistá-las!