Um debate hoje (31/01/09) sobre a constante e impune violação dos direitos humanos pelas multinacionais na Colômbia foi a última atividade promovida pelo Sindicato Químicos Unificados no Fórum Social Mundial (FSM), que teve início em 27 de janeiro e se encerra amanhã (01/02/2009) em Belém, no Pará.
Sasserman – 1ª à esq; Páez; Schappi; Frederick e Givanildo (Unificados)
Conforme os depoimentos de sindicalistas colombianos, a guerra promovida pelas multinacionais, pelo governo e pela burguesia do país contra os movimentos sindicais e sociais tem uma relação direta com a implantação do modelo neoliberal e seus interesses frente aos recursos naturais e à privatização de empresas do Estado.
E as vozes que se levantam para denunciar o predatório uso dos recursos naturais da Colômbia e do estado de exploração e miséria a que estão submetidos os trabalhadores e a população em geral sofrem ameaças, desaparecem, são espancadas e assassinadas.
Estes crimes são, em sua maioria, cometidos por forças paramilitares sustentadas pela elite Colombiana. E os criminosos nunca são descobertos ou, caso isso seja apurado, os processos se arrastam na Justiça sem conclusão ou condenação.
Entre as multinacionais denunciadas pelo Sindicato Nacional de Trabajadores de La Indústria de Alimentos e Afins na Colômbia (Sinaltrainal), além de petroleiras e exploradoras de água, estão a Coca-Coca e a Nestlé.
Para saber tudo sobre a violação dos direitos humanos pelas multinacionais na Colômbia e conhecer os crimes que vitimaram dezenas de dirigentes sindicais e de movimentos sociais e populares visite o site do Sinaltrainal, que é http://www.sinaltrainal.org/ .
Arlei , do Unificados, fala ao grande público presente na oficina
Palestrantes
Os palestrantes foram: Arlei Medeiros – Brasil; Beatrix Sassermann – Alemanha; Edgar Páez – Colômbia; Hans Schäppi – Suíça; e Luzivan de Assis Moura – Brasil
Propostas
Entre as diversas propostas surgidas no debate estão: promover um processo de amplo esclarecimentos junto à população colombiana sobre estes crimes e suas motivações; construir uma rede de denúncia permanente, com abrangências nacional e internacional; e estabelecer ações jurídicas conjuntas, inclusive em foros internacionais.
O Sindicato Químicos Unificados se prontificou a ser a principal ponte entre o Sinaltrainal e outras organizações populares colombianos e as entidades, movimentos e instituições brasileiras.
Será também produzido em documento assinado pelas entidades presentes na oficina de ontem no FSM e que ganhará ampla divulgação pública. Entre dezenas de entidades e movimentos representados, participou Franklin Frederick, integrante do Projeto Ecumênico das Águas e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Promotores
A atividade, que no FSM recebe o nome de oficina, teve início às 15h30 na Universidade Federal do Pará (UFPA), e foi organizada pelo Sindicato Químicos Unificados, Basisinitiative Solidarität – BaSo (Alemanha), Multiwatch (Suíça), Sinaltrainal e Observatório Social de Empresas Transnacionales, Megaproyectos y Derechos Humanos en Colômbia (Colômbia), Instituto Zequinha Barreto (Brasil).
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