Desde janeiro último a Amanco Brasil Ltda., de Sumaré tirou 22% dos vencimentos de seus trabalhadores e a cesta básica que dava ao longo dos anos. Está decisão foi tomada, conforme a própria empresa, por ter sido obrigada pela Delegacia Regional do Trabalho de Campinas (DRT) a encerrar a jornada de trabalho em turnos 6 x 2, que praticava desde o ano de 2005, para a jornada 6 x 1.
Como consequência, para não terem seus vencimentos reduzidos em quase ¼, os trabalhadores da empresa deram início a uma greve conforme decisão tomada por unanimidade em assembleia (foto acima) no turno das 14 horas de hoje (13/fev/12).
A história
Em 2005, à revelia da concordância do Unificados, a Amanco implantou arbitrariamente a jornada de trabalho em turnos 6 x 2. O sindicato não aceitou e não assinou acordo neste sentido, por ser esta jornada muito prejudicial à saúde e à vida social e familiar dos trabalhadores.
Para conseguir convencer os trabalhadores a fazerem esta jornada, à época a empresa ofereceu pagar 22% a mais nos salários e dar a cesta básica.
Em 2011, após uma fiscalização na empresa a pedido do Unificados, a DRT de Campinas obrigou a Amanco a parar com a jornada 6 x 2 a a adotar a 6 x 1, conforme defendia o sindicato. Como represália a isto, a empresa, de forma unilateral, cortou os 22% e a cesta básica.
Recebendo este índice sobre seus salários há anos, os trabalhadores já o incorporaram em seu orçamento familiar e, de repente, veem-se colocados em uma situação de dificuldades em suprirem suas necessidades do cotidiano, mesmo por que os salários na Amanco são baixíssimos, em contradição com a imagem que a empresa faz de si mesma.
Dinheiro público em
benefício do lucro privado
Pouco antes do início da assembleia de hoje na Amanco, um carro da Guarda Civil de Sumaré, com dois soldados, (foto acima) entrou na empresa e postou-se de frente junto ao portão principal, ostensivamente.
Mais um exemplo de uso do serviço público a favor do lucro de empresa particular, visto que a Guarda Civil de Sumaré é mantida com o imposto que é pago pela população da cidade, inclusive os próprios trabalhadores da Amanco.
Mais informações
Para mais informações sobre a greve, ligar para (19) 9804.5290 ou para Rosângela (19) 9649.0208, que estão com os trabalhadores na portaria da Amanco, em Sumaré.