Negociações serão retomadas somente após EMS acatar vitória dos trabalhadores e cancelar trabalho aos sábados
Chuva impede assembléia na manhã de hoje. Indicativo dos trabalhadores e do sindicato é de retomar negociações com a farmacêutica somente após empresa acatar derrota na Justiça
Chuva impede assembléia e trabalhadores(as) da EMS recebem informativo do sindicato no turno das 05h30m de hoje
A chuva forte na madrugada de hoje (18 de setembro) na região de Campinas impediu a realização da assembléia do Sindicato Químicos Unificados com os trabalhadores e trabalhadoras do Grupo EMS Sigma Pharma, na qual seriam tomadas decisões sobre a derrota da farmacêutica na Justiça que a obrigou a retornar à jornada de trabalho de segundas a sextas-feiras. Na entrada do turno das 05h30m o sindicato entregou infomativo da situação aos trabalhadores, e houve o indicativo de não ser retomada qualquer negociação com a farmacêutica enquanto esta não divulgar oficialmente que acatará a decisão judicial e encerrará a jornada aos sábados. Este indicativo será discutido em assembléia a ser realizada assim que o tempo permitir.
Como se recorda, os trabalhadores e o sindicato estão mobilizados, em luta para que a EMS Sigma Pharma reveja a nova jornada de trabalho que implantou o trabalho aos sábados, anteriormente realizado de segundas a sextas-feiras. Essa nova jornada foi imposta arbitrariamente pela farmacêutica em maio último, sem qualquer negociação com os trabalhadores e com o sindicato. Além disso, os trabalhadores também estão sendo pressionados a fazer horas extras aos domingos, “virando direto” como se costuma dizer nestas situações.
Desde então, por meios políticos e jurídicos os trabalhadores e o sindicato tentavam reverter essa decisão, agora determinada pela Justiça do Trabalho conforme notificação que expediu no dia 15 de setembro último. Esta decisão tem que ser cumprida imediatamente pela empresa, sob pena de multa diária de R$ 100,00 a ser paga a cada trabalhador do Grupo EMS.
O Grupo EMS Sigma Pharma tem sua planta industrial no município de Hortolândia
15 DE SETEMBRO DE 2006
VITÓRIA DOS TRABALHADORES
Justiça determina retorno imediato da jornada de segunda a sexta-feira no Grupo EMS, em Hortolândia
Sentença prevê multa diária de R$ 100,00 a ser paga a cada trabalhador caso decisão judicial não seja cumprida pela empresa
A Justiça do Trabalho de Hortolândia determinou hoje (15 de setembro) o retorno imediato à antiga jornada de trabalho nas empresas EMS, Nature’s e Sigma Pharma, integrantes do Grupo EMS Sigma Pharma. Desde maio último, de forma arbitrária e à revelia dos trabalhadores e do sindicato, a EMS alterou a jornada semanal que era de segunda a sexta-feira, estendendo-a para até sábado. Desde então, por meios políticos e jurídicos os trabalhadores e o sindicato tentavam reverter essa decisão, agora determinada pela Justiça do Trabalho. O Grupo EMS Sigma Pharma tem sua planta industrial no município de Hortolândia e conta com cerca de 1.800 trabalhadores.
Como a decisão da empresa foi bastante prejudicial aos trabalhadores, estes fizeram várias assembléias na qual reivindicavam a volta do sábado livre. Ao mesmo tempo, os advogados do Sindicato Químicos Unificados entraram com ação na Justiça do Trabalho. Em audiência realizada no dia 10 de agosto último, em Hortolândia, a empresa não apresentou nenhuma proposta de solução.
Houve então o julgamento do processo e a Justiça do Trabalho deu ganho de causa aos trabalhadores, determinando o retorno à antiga jornada, ou seja, de segunda a sexta-feira.
Esta decisão tem que ser cumprida imediatamente pela empresa, sob pena de multa diária de R$ 100,00 a ser paga a cada trabalhador do Grupo EMS.
O retorno ao trabalho de segunda a sexta-feira é benéfico para os trabalhadores, pois contribui para o descanso, o lazer e dá oportunidade para aqueles que queiram estudar, realizar algum curso aos sábados, e conviver com a família.
VEJA ABAIXO MAIS INFORMAÇÕES.
AGOSTO-2006
Audiência na Justiça do Trabalho
EMS se mantém dura e não apresenta plano de jornada sem trabalho aos sábados
Assembléia na EMS, em Hortolândia, sempre sob pressão policial, durante a campanha salarial/2005
Em mais uma demonstração de arrogância, a EMS Sigma Pharma foi à audiência realizada na Justiça do Trabalho no dia 10 de agosto e não apresentou nenhuma proposta no sentido de atender à reivindicação de seus trabalhadores para o fim do trabalho aos sábados. Foi mais uma desconsideração da farmacêutica para com seus trabalhadores, que são os que na produção, no dia a dia, garantem os altos lucros da empresa.
Os (as) trabalhadores (as) e o sindicato estão mobilizados, em luta para que a EMS Sigma Pharma reveja a nova jornada de trabalho que implantou o trabalho aos sábados, que anteriormente era realizado de segundas a sextas-feiras. Essa nova jornada foi imposta arbitrariamente pela farmacêutica, sem qualquer negociação com os trabalhadores e com o sindicato. Além disso, os trabalhadores também estão sendo pressionados a fazer horas extras aos domingos, “virando direto” como se costuma dizer nestas situações.
A audiência foi realizada a partir de um pedido do sindicato. Com a recusa da EMS em negociar, a juíza determinou ela apresente, em cinco dias, o número de novas contrações de trabalhadores que realizou. Após a empresa apresentar essa relação, o sindicato irá analisar o documento e tomar mais iniciativas para garantir os direitos dos trabalhadores.
Fundacentro fará vistoria na EMS
A Procuradoria do Trabalho determinou que a Fundacentro realize uma fiscalização na EMS Sigma Pharma com o objetivo de verificar as condições de trabalho na empresa farmacêutica. Essa decisão foi tomada no dia 27 de julho, e a Fundacentro foi convocada pela própria Procuradoria.
A Fundacentro é um órgão do Ministério do Trabalho que tem como objetivo promover a segurança e a saúde dos trabalhadores e a proteção ao meio ambiente.
Há anos o sindicato denuncia os constantes casos de acidentes do trabalho na fábrica da EMS em Hortolândia e o grande número de trabalhadores atingidos ou sob suspeita de terem contraído LER – Lesões por Esforços Repetitivos. Entre outros pontos, o sindicato exige da empresa uma ação concreta em relação a equipamento de proteção individual, adequação de máquinas e equipamentos e melhorias nas condições de trabalho. Essa luta é desenvolvida com mobilizações dos trabalhadores e junto à Procuradoria do Trabalho, na qual processo nesse sentido foi aberto no ano de 2.000.
Após a EMS apresentar um laudo sobre as condições de trabalho, o sindicato fez sobre ele vários questionamentos e demonstrou que as condições e o ambiente de trabalho na fábrica continuam a fazer vítimas. Essa foi a razão pela qual a Procuradoria do Trabalho determinou a realização da fiscalização pela Fundacentro.