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Assembleia na Heringer, hoje (14), recusa PLR e exige segurança no trabalho

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Participação nos lucros e resultados (PLR), excesso de acidentes e recebimento do adicional de periculosidade foram as questões abordadas pelos trabalhadores e o Unificados em assembleia realizada na Fertilizantes Heringer S.A., em Paulínia, na manhã de hoje (14/08).

A Heringer tem cerca de 450 trabalhadores, produz fertilizantes básicos e especiais e está instalada no bairro Betel.

Trabalhadores da Heringer, em Paulínia, em assembleia na manhã de hoje (14)
Trabalhadores da Heringer, em Paulínia, em assembleia na manhã de hoje (14)

Participação nos lucros e resultados

A proposta da empresa para pagamento da PLR foi recusada diretamente pelo sindicato. Isso em razão de ela apresentar o mesmo esquema praticado há cerca de dez anos, no qual os trabalhadores sempre ficam sem receber nada além de valor idêntico ao do salário que cada um recebe.

Com a recusa, foi pedida à Heringer que faça uma nova proposta, com melhores condições.

Durante todos estes anos, no início do segundo semestre a Heringer paga, a título de antecipação da PLR, um valor correspondente ao salário do trabalhador. Quando chegar em março, no momento do cálculo final, a empresa alega que teve prejuízo e os trabalhadores nada mais recebem.

Outro problema é que a Heringer coloca em uma conta única o resultado financeiro somado de todas suas unidades, que são em número de 23 por todo o Brasil. Isso rebaixa os valores finais reais da unidade de Paulínia, que é sua matriz e o local de trabalho e produção da categoria na Regional Campinas do Unificados, manobra que traz prejuízos para os trabalhadores.

Além disso, para justificar o não pagamento da PLR, a Heringer coloca como “prejuízo” a dívida que contrai quando faz investimentos na compra de nova unidade no país. Ou seja, para os trabalhadores a Heringer diz que seu investimento é um prejuízo que tem.

Quando chegar a nova proposta da empresa ela será apresentada e discutida com os trabalhadores em nova assembleia.

André Henrique, dirigente do Unificados em Paulínia, fala na assembleia
André Henrique, dirigente do Unificados em Paulínia, fala na assembleia

Acidentes e periculosidade

Atualmente, na unidade de Paulínia da Heringer, são feitas abertura de cinco Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). Ou seja, na empresa ocorre um excessivo número de acidentes e/ou adoecimentos no local de trabalho.

Ailton (Paraíba), dirigente do Unificados e trabalhador na Heringer Fertilizantes em Paulínia
Ailton (Paraíba), dirigente do Unificados e trabalhador na Heringer Fertilizantes em Paulínia

Outra questão é a deficiência na área da empresa dos equipamentos de proteção coletiva (EPC). A poeira no ar, na área, é visível. E ela é carregada de partículas que são respiradas diariamente pelos trabalhadores.

Esta poeira é formada pela movimentação de, entre outros, pastilhas de enxofre e micronutrientes. À poeira soma-se o ruído excessivo da movimentação de caminhões, retroescavadeiras e do maquinário de produção.

Rosângela Paranhos, dirigente do Unificados
Rosângela Paranhos, dirigente do Unificados

A Heringer nada paga a título de adicional periculosidade. Por esta razão, desde 2011 o Unificados move um processo na Justiça do Trabalho contra a empresa, cobrando o pagamento do adicional e fiscalização e exigência de melhorias nas condições de saúde e segurança no local.

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