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Caso Keno: Assassinato de trabalhador rural sem-terra completa 3 anos hoje

“Feliz serás e sábio terás sido se a morte, quando vier, não te puder tirar senão a vida.” Francisco Quevedo

Hoje (21) faz três anos que empregados da Syngenta, empresa transnacional de sementes transgênicas, atacaram trabalhadores e trabalhadoras rurais que lutavam por justiça social e soberania popular. O ataque ocorreu na antiga fazenda da Syngenta, em Santa Tereza do Oeste (PR), onde a instituição realizava experiências ilegais com transgênicos e agrotóxicos.

A ação da milícia armada ocasionou a morte de Valmir Mota de Oliveira, o Keno (foto), ferindo ainda gravemente Isabel Cardin, entre outras(os) lutadoras(es) do povo. Três anos depois, ninguém foi punido. O processo criminal que apura a responsabilidade pelo ataque armado ainda está na fase inicial. Ninguém da Syngenta foi processado, enquanto oito integrantes do próprio movimento respondem criminalmente pela morte do trabalhador.

Nessa semana foi iniciada uma ação civil de responsabilização da Syngenta pela morte de Keno e pela tentativa de assassinato de Isabel. Com isso, espera-se que haja a responsabilização judicial da Syngenta pelos crimes. Até o momento, a luta dos trabalhadores conseguiu transformar a área de experimentos ilegais no Centro de Ensino e Pesquisa em Agroecologia Valmir Motta de Oliveira, inaugurado em dezembro de 2009.

Hoje pela manhã, o crime foi lembrado por acampados e assentados da Região Oeste do estado, juntamente com a família e amigos, durante um ato ecumênico. A celebração aconteceu no cemitério da cidade de Cascavel, onde o militante do MST está enterrado. O ato teve a participação do Reverendo Luis Carlos, na época perseguido por pistoleiros da região.

Empresas transnacionais e violações de direitos humanos

Empresas transnacionais como a Syngenta são diretamente responsáveis por violações de direitos humanos, mas dificilmente respondem por seus atos. A continuidade da luta do povo organizado é fundamental para a responsabilização das empresas e para a mudança de modelo de sociedade, onde a vida realmente seja um bem maior que a propriedade.

Mais informações

Fernando Prioste, assessor jurídico da Terra de Direitos, fone (41) 3232-4660

Fonte: Terra de Direitos
Organização de Direitos Humanos
http://terradedireitos.org.br/

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