Em prosseguimento à programação de palestras, debates e encontros promovidos pelo Sindicato Químicos Unificados no Fórum Social Mundial (FSM) que este ano se realiza em Belém, no Pará, hoje (31/01/09) será desenvolvido o tema “Colômbia: Empresas Transnacionais, Direitos Humanos, Sindicais e Solidariedade Internacional”.
A atividade, que no FSM recebe o nome de oficina, terá início às 15h30 na Universidade Federal do Pará (UFPA), no Bloco Profissional, Pavilhão HP, Sala HP 12. São também organizadores: Basisinitiative Solidarität – BaSo (Alemanha), Multiwatch (Suíça), Sinaltrainal e Observatório Social de Empresas Transnacionales, Megaproyectos y Derechos Humanos en Colômbia (Colômbia), Instituto Zequinha Barreto (Brasil).
Na Colômbia, risco constante
A Colômbia é um dos países mais perigosos para atuação de sindicalistas. Serão abordados os conflitos com empresas transnacionais (Coca Cola, Nestlé, petroleiras), os direitos humanos e sindicais, além de exemplos de resistência social e solidariedade internacional. É recorrente no país a violação aos direitos humanos e à livre organização dos trabalhadores, tanto por parte do governo como dos paramilitares de direita.
Denunciar os abusos e violações sobre a organização dos trabalhadores e aos direitos humanos na Colômbia, com apresentação das experiências vivenciadas pela Rede de Solidariedade e pelo Tribunal Permanente dos Povos, com vista a colaborar com o fim dos abusos e arbitrariedades cometidos contra o movimento sindical no país.
Para saber mais sobre a realidade dos trabalhadores, sindicalistas e do movimento popular na Colômbia visite o site http://www.sinaltrainal.org/ , do Sindicato Nacional de Trabajadores de La Industria de Alimentos no país.
Correção
A oficina realizada no dia 29 foi organizada conjuntamente por Sindicato Químicos Unificados (Brasil), Sinaltrainal (Colômbia), Basisinitiative Solidarität -BaSo (Alemanha), Enlace e Centro Organizativo dos Trabalhadores – COT (Brasil).
CMP denuncia tentativa de
criminalização dos movimentos sociais
Uma oficina realizada ontem (30/01/09) pela Central dos Movimentos Populares (CMP) renovou e reafirmou as denúncias de que os movimentos sociais, de trabalhadores e de todos que tentam resistir à exploração e discriminação capitalista estão sob forte campanha de tentativa de criminalização, com o objetivo de que sejam vistos e tratados como caso de polícia e não como uma questão com origem em marginalização e injustiça social.
Ao centro, o ministro Santos e Gegê (com boné)
Luiz Gonzaga da Silva, conhecido como Gegê nos movimentos sociais, diz que esta prática tem origem e é sustentada fortemente por setores do judiciário, ministério público e a grande imprensa. Gegê afirma que isso também ocorre nos poderes do Executivo e do Legislativo em diversas regiões do país, mas que apresenta variações de acordo com a “correlação de forças” apresentada nos resultados das eleições.
Gegê é da executiva nacional da CMP e integra também o Movimento pela Moradia no Centro de São Paulo (MMC).
Acusado injustamente de homicídio, Gegê ficou preso por 51 dias em 2004 e hoje está livre por força de habeas-corpus. Pela absurda arbitrariedade de sua prisão, foi formado o Comitê pela Liberdade do Companheiro Gegê, composto pelos mais diversos setores da sociedade.
Ministro presente
Participou da oficina da CMP o ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, órgão do governo federal. Santos foi diretor da União Nacional dos Estudantes e presidente do Conselho de Moradores da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, onde viveu por cerca de dez anos.
Em FSM na Amazônia, Greenpeace é atração
Como pela primeira vez o FSM é realizado na Região Amazônica, a questão meio ambiente recebe atenção especial em diversas programações de entidades ambientalistas, com destaque para o Greenpeace, cujo navio Arctic Sunrise, atracado na Estação das Docas, em Belém, recebeu cerca de 4 mil visitantes até o final da tarde de ontem.
Navio do Greenpeace é atração no FSM 2009
Na visitação ao navio Arctic Sunrise, dentro da expedição Salvar o Planeta. É Agora ou Agora, se aprende um pouco mais sobre os principais problemas ambientais do Brasil e as soluções propostas pelo Greenpeace.
Ao final, todos são convidados a assinar uma carta a ser enviada ao presidente Luis Inácio Lula da Silva para que o governo brasileiro lidere as discussões na próxima conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre clima, marcada para dezembro em Copenhagen (Dinamarca) e se comprometa em zerar o desmatamento na Amazônia, aumentar a participação de fontes renováveis na matriz elétrica do país e criar áreas marinhas protegidas na costa.
Leia mais informações sobre a campanha Salvar o Planeta É Agora ou Agora no site do Greenpeace: http://www.greenpeace.org/brasil/greenpeace-brasil-clima/noticias/em-marcha-por-um-outro-mundo-p