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Congresso aprova sair da Cut

Sair da Central Única dos Trabalhadores (Cut) por ela não mais representar e defender os interesses dos trabalhadores e dar início à construção de uma nova central sindical que tenha política e prática combativa e que aponte na construção do socialismo foi a decisão das delegadas e delegados das regionais de Campinas, Osasco e Vinhedo no IV Congresso do Sindicato Químicos Unificados.
O Congresso contou com cerca de 350 participantes e foi realizado nos dias 19, 20 e 21 de junho, em Atibaia.

Trabalhadores (as) votam e aprovam saída da Cut - imagem editada para evitar identificação (foto: João Zinclar - jun09)

Trabalhadores (as) votam e aprovam saída da Cut
– imagem editada para evitar identificação (foto: João Zinclar)

Decisões

No congresso, foram discutidas e aprovadas propostas de ações com o objetivo de fortalecer e dar mais impulso à organização no local de trabalho (OLT), de sustentação financeira da entidade, da concepção de um sindicalismo compromissado com as causas dos trabalhadores e populares, desatrelado e independente dos patrões e de governos e que caminhe na construção da sociedade socialista.
Também foram tomadas decisões sobre a busca do fortalecimento das relações do Unificados com os movimentos sociais e populares e da unidade na luta entre as diversas correntes de pensamento político e ideológico.

 	Grupo de trabalho discute teses que integram caderno de debates próprio para o IV Congresso (foto: João Zinclar - jun09)

Grupo de trabalho discute teses que integram caderno de
debates próprio para o IV Congresso (foto: João Zinclar)

Unânimidade

A saída do Unificados da Cut foi tomada de forma unânime pelas trabalhadoras e trabalhadores presentes. Os delegados concordaram com o entendimento da direção do sindicato de que a partir dos anos 90 a Cut optou pela lógica do capitalismo e pela prática de conciliação de classes, em prejuízo da classe trabalhadora. Posteriormente, a entidade apostou na negociação com governos neoliberais e aceitou o papel de cogestora  do capital, nas empresas.

Com a posse de Lula a Cut passa a ser “propositiva”, institucionalizada e assistencialista. Com vários de seus dirigentes assumindo cargos em estatais com “altíssimos salários”, ela foi para o imobilismo, é subordinada ao governo Lula e abandona de vez as razões de sua fundação em agosto de 1983, que era a luta em defesa dos interesses e direitos da classe trabalhadora. A Regional de Osasco era filiada à Cut desde 1988, Vinhedo desde 1989 e Campinas 1992.

Visitas

Gilmar Mauro, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e João Batista, da coordenação estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) estiveram no IV Congresso e falaram às delegadas e delegados. Ambos destacaram a necessidade da unidade na luta de todos os trabalhadores e movimentos sociais e populares.

 	Gilmar Mauro, da coordenação nacional do MST fala sobre necessidade da unidade na luta (foto: João Zinclar - jun09)

Gilmar Mauro, da coordenação nacional do MST fala
sobre necessidade da unidade na luta (foto: João Zinclar)

João Batista, coordenador estadual do Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto, fala aos químicos durante o congresso (foto: João Zinclar - jun09)

João Batista, coordenador estadual do Movimentos dos
Trabalhadores Sem
Teto, fala aos químicos durante o

IV congresso (foto: João Zinclar – jun09)

 	Junto ao pai, é de pequeno que se... (foto: João Zinclar - jun09)

Junto ao pai, é de pequeno que se… (foto: João Zinclar)

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