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Dia de relembrar os mortos e lutar pela vida!

O Dia Internacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças Provocadas pelo Trabalho foi hoje lembrado com atos de exigência de segurança e saúde no ambiente laboral em diversas empresas.

Para protestar contra falta de segurança, pressão por metas e assédio moral que aumentam os riscos de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, o Unificados, outros sindicatos e entidades de apoio a vítimas foram a frente de empresas da categoria como Natura (Cajamar) e Pvtec (Campinas) e do Bradesco, na Cidade de Deus, em Osasco.

Natura, em Cajamar: “Estamos sendo detonadas”

Entrega de jornal e conversa sobre 28 de Abril em ônibus que transporta trabalhadores na Natura, em Cajamar

Entrega de jornal e conversa sobre 28 de Abril em ônibus
que transporta trabalhadores na Natura, em Cajamar

Na Regional de Osasco, o Unificados esteve em todos os turnos da Natura, localizada em Cajamar, para conversar com os trabalhadores e protestar contra o assédio moral e a pressão que levam os trabalhadores e trabalhadoras a adoecerem.

LER/DORT (Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) e depressão atingem trabalhadores da empresa de modo avassalador. Veja depoimento de trabalhadora que reivindica trabalhar com dignidade e saúde:

 “Estamos lutando contra a depressão, pois a pressão e as humilhações são muitas: somos chamadas de folgadas por trabalhadores que chegaram há pouco tempo, por analistas, médicos, fisioterapeutas, enfermeiras, pessoas do RH, assistente social etc.[] Estamos com dores e querem que dizemos que não estamos.[] Se estamos com crise de dores (devido a LER que adquirimos na Natura), não querem nos atender e, quando nos atendem, duvidam do que falamos.[] Resumindo: estamos sendo detonadas.”

Na Pvtec, em Campinas: morte e contaminação

 	Antonio Rasteiro, coordenador da Atesq, fala sobre segurança no trabalho em ato na Pvtec, em Campinas (28/04/09)

Antonio Rasteiro, coordenador da Atesq, fala sobre
segurança no trabalho em ato na Pvtec, em Campinas

Na Regional de Campinas o Unificados realizou um ato com os trabalhadores em frente à Pvtec Indústria e Comércio de Polímeros Ltda., do qual também participaram a Associação dos Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas (Atesq) e a Associação Solidária em Defesa dos Direitos dos Segurados do INSS (Assodeseg).

A empresa foi escolhida como simbólica para o dia em razão de acidente com morte de trabalhador ocorrido em setembro último, e do risco de contaminação a que cotidianamente estão submetidos seus trabalhadores.

Em relação ao acidente, a Delegacia Regional do Trabalho ainda não divulgou resultado da perícia que fez para apurar as causas.  Conforme testemunhas, o trabalhador executava manutenção no teto sem equipamentos de segurança.

Já em relação à contaminação, o risco é pelo uso do TDI (Diisocianato de Tolueno). O TDI é utilizado na produção de espumas para colchões e altamente tóxico para o ser humano e na contaminação ambiental. Além de não dar a proteção adequada aos trabalhadores na produção, a empresa os obriga a lavar a roupa em casa o que, evidentemente, faz com que exponham seus familiares ao risco de contaminação.

Além da atividade na Pvtec, o Unificados também distribuiu panfletos com explicações sobre o 28 de Abril e com orientações sobre Saúde no Trabalho, nas regiões centrais de Campinas e Paulínia.

Bancos – Lucros crescem. Doenças também

Material informativo sobre o 28 de Abril é entregue aos trabalhadores do Bradesco, na Cidade de Deus, em Osasco (28/04/09)

Material informativo sobre o 28 de Abril é entregue aos
trabalhadores do Bradesco, na Cidade de Deus,
em Osasco (28/04/09)

Junto à Alternativa Sindical Bancários na Luta, o Unificados esteve também na Cidade de Deus, em Osasco, para protestar contra a agressão à saúde e dignidade dos funcionários do Bradesco e de todo o sistema financeiro.

Enquanto os lucros dos bancos batem recordes a cada ano, depressão e uma infinidade de distúrbios adquiridos no ambiente de trabalho comprometem a saúde de milhares de funcionários dos bancos.

Com a crise, a pressão e as doenças aumentam. O recado dado foi: “Crise não vai ser paga com a saúde do trabalhador!”


Estatísticas

Há uma morte a cada duas horas de trabalho todos os anos, no Brasil.

Acontecem três acidentes de trabalho a cada minuto trabalhado, no Brasil.

Levantamento da Previdência Social feito em 2007 e 2008 aponta um acréscimo de 1,324% nos registros nos casos de depressão e demais transtornos mentais decorrentes das condições de trabalho. Há ainda os casos não notificados.

Segundo a OIT, todos os dias morrem, em média, cinco mil trabalhadores devido a acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho.

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