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Não à emenda 3! Readmissão imediata dos sindicalistas metroviários

 

Metroviários em passeata

 

Após concentração na Praça da Sé, os trabalhadores seguiram em passeata até o edifício Cidade II, onde ficam as sedes da Secretaria dos Transportes Metropolitano e do Metrô.

 

A participação de representantes das centrais sindicais CAT, CGT, CGTB, CUT, Conlutas, Força Sindical, Intersindical, Nova Central e SDS, e de outros sindicatos em mais esta ação reforçou a importância da mobilização dos trabalhadores de todo o Brasil contra a represália do governo do Estado e da Cia. do Metrô aos trabalhadores que lutam em prol de toda a sociedade, apoiando o veto à emenda 3.

 

Emenda 3 x tragédia da Linha 4

 

Conforme lembrou o presidente nacional da CUT, Artur Henrique, o governador de São Paulo agiu com extrema rapidez para reprimir trabalhadores que exerceram seu direito de mobilização para garantir direitos, mas ninguém agiu com tanta rigidez, quase quatro meses depois, para identificar e punir os responsáveis pela tragédia da Linha 4 – Amarela, que causou a morte de sete pessoas.

 

Direito de greve e livre organização sindical

 

A livre organização sindical, o direito de greve e a urgência de todos os trabalhadores terem a garantia do registro em carteira foram temas presentes nas intervenções de todos os participantes do ato, que bem cumpriram o papel de esclarecer a todas as pessoas que trabalham e que circulavam nas redondezas da rua Boa Vista o que representam a derrubada do veto à emenda 3 e a demissão dos cinco sindicalistas metroviários.

 

O destaque do presidente da Nova Central, Luizinho, foi para a urgência de todos os trabalhadores continuarem mobilizados em torno de questões que não são apenas corporativistas, mas que envolvem toda a sociedade. Seguindo esta lógica, o representante da Conlutas, Dirceu Travesso, completou ressaltando a importância da classe trabalhadora participar de forma massiva das manifestações dos Primeiros de Maio de Luta, enquanto o Índio, da Intersindical, destacou que a retaliação do governo de São Paulo atinge todos os trabalhadores brasileiros, já que pretende acabar com a sua luta contra a exploração de mão-de-obra para aumentar os lucros de banqueiros e empresários.

 

Encerrando o ato público, o presidente do Sindicato, Flávio Godoi, agradeceu a participação de todos os trabalhadores das diversas categorias, bem como os metroviários presentes em mais esta importante manifestação que, além de ter alcançado seu objetivo inicial, serviu como demonstração da unidade, organização e mobilização da categoria, principalmente agora que vai começar a campanha salarial.

 

Para Godoi, o governo do Estado e a empresa já deram uma prévia de como será o seu tratamento com os trabalhadores, mas os metroviários não podem se render e permitir que retirem nossos direitos conquistados a partir de muita luta, ao longo de décadas.

 

Assembléia quinta-feira, 3/5

 

Dando continuidade às ações para reverter as demissões dos cinco sindicalistas metroviários, o Sindicato vai realizar uma assembléia na próxima quinta-feira, 3/5. Até lá, há a expectativa de haver uma reunião com o governo do Estado e com a Cia. e uma mesa redonda na Delegacia Regional do Trabalho.
A categoria vai avaliar o resultado das ações já encaminhadas e definir novas formas de luta.

 

abril/2007

 

Não à emenda 3!
Readmissão imediata dos sindicalistas metroviários

 

A paralisação dos trabalhadores do Metrô no último dia 23 de abril (segunda-feira) foi uma das mobilizações organizadas e realizadas em conjunto pelas centrais sindicais, assim como a paralisação dos condutores e cobradores da cidade e diversas outras que aconteceram por todo o país na última segunda e também no dia 10 de abril.

 

O motivo das paralisações é o combate à emenda 3. A emenda 3, elaborada por um grupo de deputados e senadores, já foi derrubada por veto do presidente da República, mas ainda há parlamentares que querem ressuscitá-la em plenário.

 

Isso não pode acontecer. A emenda 3, se não for derrotada, vai proibir os fiscais de autuar empresas que usam funcionários que trabalham de segunda a sexta, cumprem horário e regras de qualquer trabalhador como se eles fossem empresários prestadores de serviço.

 

São os chamados PJs. Não têm registro em carteira e precisam emitir nota fiscal. Perdem o 13º, as férias, a aposentadoria, o vale-refeição, o vale-transporte, o FGTS, licença-maternidade e todos os outros direitos. Além disso, precisam pagar impostos e uma série de outras despesas. E continuam com um salário semelhante ao de outros trabalhadores registrados em carteira.

 

A emenda 3 quer acabar com os mecanismos que hoje proíbem as empresas de recorrer a essa fraude. Se os fiscais não puderem mais multar e exigir que os assalariados sejam tratados como tal, até aqueles que hoje têm contrato em carteira serão “convidados” a abrir uma firma e a emitir nota fiscal. Será o fim dos direitos dos trabalhadores brasileiros.

 

Para impedir esse roubo, fizemos as manifestações. Faremos outras, ainda maiores, se o Congresso não tirar definitivamente a emenda 3 de cena.

 

Portanto, a demissão de cinco sindicalistas metroviários, anunciada pela companhia na segunda-feira como retaliação à paralisação, é um ataque a todas as centrais sindicais e a todos os trabalhadores brasileiros ameaçados pela emenda 3 – o que inclui os passageiros do Metrô.

 

Os cinco demitidos, dirigentes do Sindicato dos Metroviários de São Paulo-CUT, devem ser imediatamente readmitidos. Com esse propósito, as direções das centrais sindicais estão solicitando audiência com o governador do Estado, José Serra, a quem a direção do Metrô está subordinada.

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