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Polícia Militar assume de vez papel de segurança privada da Usina Ester

Pela segunda vez em poucos dias a Polícia Militar do Estado de São Paulo se coloca totalmente a serviço da Usina Ester e parte para violenta série de agressões contra cerca de 100 famílias de trabalhadores rurais sem-terra – perto de 400 pessoas.

 	Polícia Militar, ilegalmente, toma partido da Usina Ester e avança com tiros de balas de borracha, cassetetes, gás de pimenta e bombas de efeito moral sobre os trabalhadores rurais e familiares (Foto: João Zinclar 15/12/09)

Polícia
Militar, ilegalmente, toma partido da Usina Ester

e avança com tiros de
balas de borracha, cassetetes,

gás de pimenta e bombas de efeito moral
sobre os

trabalhadores rurais e familiares (Foto: João Zinclar 15/12/09)

A primeira vez foi no último sábado (12 de dezembro) e o fato se repetiu hoje (15 de dezembro). Nas duas vezes a força policial do estado não se limitou a seu papel de evitar conflitos. Ao contrário, arvorou-se em poder judiciário, decidiu que um dos lados é o privilegiado (no caso, a Usina Ester) e partiu com todo seu aparato de força e agressão sobre as famílias de sem-terra que estava no local.

Desocupação arbitrária de sem-terra pela PM em Americana (Foto: João Zinclar - 12/12/09)

 	Armas de fogo, cassetetes, bombas... tudo contra trabalhadores que buscam pedaço de terra para plantar e viver (Foto João Zinclar 15/12/09)

Armas de
fogo, cassetetes, bombas… tudo contra

trabalhadores que buscam pedaço
de terra para plantar

e viver (Foto João Zinclar 15/12/09)

Foram muitos tiros com balas de borracha, uso indiscriminado de cassetetes, bombas de efeito moral e gás de pimenta. Diversos trabalhadores sofreram ferimentos. O Dr. Bruno de Oliveira Pregnolatto, advogado do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra (MST) e do Sindicato Químicos Unificados sofreu agressões físicas e morais dos policiais ao tentar dialogar sobre a irregularidade que cometiam.

 	Ferimento no peito de trabalhador rural, causado por bala de borracha disparada pela PM a serviço privado da Usina Ester (Foto: Joao Zinclar 15/12/09)

Ferimento no
peito de trabalhador rural, causado por bala

de borracha disparada pela
PM a serviço privado da

Usina Ester (Foto: Joao Zinclar 15/12/09)

Participaram da ocupação trabalhadoras e trabalhadores rurais (com seus filhos) que estão organizados no Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Sintraf), na Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf) e no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Área não é da Usina, que a
ocupa contra decisão judicial

A área em disputa não pertence à Usina Ester, conforme contam advogados do movimento dos trabalhadores. Na década de 1970, ela foi desapropriada da família Abdalla, em virtude de grandes dívidas em impostos e taxas que tinha com o governo federal, estadual e municipal.

Assim, a terra, na realidade, hoje pertence à União, ao estado de São Paulo e ao município de Americana.

 	Trabalhador rural mostra ferimento por bala de borracha em seu joelho (Foto: João Zinclar 15/12/09)

Trabalhador rural mostra ferimento por bala de borracha
em seu joelho (Foto: João Zinclar 15/12/09)

Nunca, nem mesmo na justiça, a Usina Ester mostrou qualquer título que comprove sua posse. No máximo, mostra duvidosa declaração de que a terra seria de uma imobiliária (laranja) que lhe permite explorar.

Em 2006, a Usina Ester recebeu uma notificação judicial para desocupar a área. Segundo oficiais de justiça, os responsáveis pela usina não foram localizados para a entrega da notificação. Desde então, ainda conforme os advogados, a Justiça não cumpriu sua própria decisão.

Decisão que, já por duas vezes sequenciais em poucos dias, o comando da Polícia Militar afrontou de forma arbitrária ao se colocar francamente ao lado de uma das partes, justamente a infratora e já intimada há três anos a deixar a área.

Imagens

Abaixo, fotos da desocupação. Observe o desproporcional uso de aparato militar, além do desnecessário jogar de tratores sobre “barracos” de plásticos. Todas imagens são de autoria de João Zinclar, que as cedeu para o Sindicato Químicos Unificados:

Nas duas fotos, Dr. Bruno Pregnolatto, advogado do MST e do Sindicato Químicos Unificados e atacado ilegalmente pela PM (Foto: João Zinclar 15/12/09)
Nas duas fotos, Dr. Bruno Pregnolatto, advogado do MST e do Sindicato Químicos Unificados e atacado ilegalmente pela PM (Foto: João Zinclar 15/12/09)

Nas duas fotos, Dr. Bruno Pregnolatto, advogado do MST

e do Sindicato
Químicos Unificados e atacado ilegalmente


pela PM (Foto: João Zinclar
15/12/09)

 	Nas duas fotos sequênciais, força policial paga pela população faz papel se servil segurança privada da Usina Ester na colocação de cercas (Foto: João Zinclar 15/12/09)
 	Nas duas fotos sequênciais, força policial paga pela população faz papel se servil segurança privada da Usina Ester na colocação de cercas (Foto: João Zinclar 15/12/09)


Nas duas
fotos sequênciais, força policial paga pela

população faz papel se
servil segurança privada da Usina

Ester na colocação de cercas (Foto:
João Zinclar 15/12/09)

 	Grupo de policiais militares se agrupa e se prepara para atacar os trabalhadores sem-terra )Foto: João Zinclar 15/12/09)

Grupo de policiais militares se agrupa e se prepara para
atacar os trabalhadores sem-terra )Foto: João Zinclar 15/12/09)

 	Em grotesca demonstração de
 	Em grotesca demonstração de

 	Em grotesca demonstração de

Em grotesca
demonstração de “força e poder” trator da
Usina Ester, sob escolta da
PM, nas três fotos sequênciais
derruba tripé/barracos de plástico
(Foto: João Zinclar 15/12/09)

Trabalhadores sem-terra e policiais militares na área tomada irregularmente pela Usina Ester, em Americana/Cosmópolis (Foto: João Zinclar 15/12/09)

Trabalhadores sem-terra e policiais militares na área tomada
irregularmente pela Usina Ester, em Americana/Cosmópolis
(Foto: João
Zinclar 15/12/09)

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