A greve dos aproximadamente 400 trabalhadores da Mexichem Brasil Indústria de Transformação Plástica (ex-Amanco), em Sumaré, foi encerrada no dia 27 de agosto, conforme decisão em assembleia, pela aceitação das propostas para acordo que foram definidas em audiências (foto acima) nos dias 25 e 26 no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, em Campinas. A paralisação teve início em 19 de agosto e foi motivada pela recusa da multinacional mexicana em negociar as reivindicações dos trabalhadores.
O acordo
Conforme negociações na TRT, assim ficou o acordo, aceito pelos trabalhadores:
* R$ 1.700,00 como valor mínimo da participação nos lucros e resultados (PLR) referente a 2014.
* Pagamento de um abono de R$ 1.100,00 em 30 de setembro.
* Cesta básica mínima no valor de R$ 180,00, também em decorrência da definição da jornada acima, com a devida correção na data base da categoria (01 de novembro).
* Estabilidade no trabalho por 90 dias.
* Não desconto dos dias parados em razão da greve.
* Trabalho em feriados a partir da definição de uma lista, com o trabalhador decidindo se quer ou não fazer horas extras neste dia.
* Convênio médico com seis consultas mensais sem nenhum pagamento, por vida e por ano. Não haverá cobrança em relação aos exames solicitados por médicos do convênio. Consultas e exames sem limites e sem qualquer pagamento para gestantes, filhos até um ano e portadores de doenças crônicas.Reembolso de 50% do valor de medicamentos decorrentes de receitas emitidas por médicos do convênio.
A história da greve
Amanco não negocia reivindicações
e trabalhadores entram em greve
Paralisação teve início em 19 de agosto
e é por tempo indeterminado, em Sumaré
Os aproximadamente 400 trabalhadores da Amanco Tubos e Conexões entraram em greve na tarde de ontem (19), conforme decisão tomada em assembleia (foto acima), em razão de a empresa se recusar a negociar uma pauta de reivindicações a ela apresentada. A Amanco, localizada em Sumaré, integra o Grupo Mexichem, mexicano.
Duas reuniões foram realizadas entre os trabalhadores, dirigentes do Unificados e representantes da multinacional, nos dias 14 e 18 de agosto, mas sem avanços.
A paralisação é por tempo indeterminado, até que a empresa faça uma proposta que possa ser considerada aceitável pelos trabalhadores e pelo sindicato.
Para mais informações e atualizações, ligar para a Rosângela Paranhos, dirigente do Unificados que acompanha a greve na portaria da Amanco, pelo telefone (19) 99649.0208.
As reivindicações dos trabalhadores
Fim da jornada de trabalho no sistema 6 x 2, que é muito prejudicial aos trabalhadores.
Convênio médico sem coparticipação financeira pelos trabalhadores.
Fim do assédio moral.
Fim das advertências por não se aceitar fazer horas extras em feriados.
Equiparação salarial.
Garantia de que haja aumento salarial com promoções recebidas.
Anulação da decisão sobre a participação dos lucros e resultados (PLR) tomada de forma unilateral e arbitrária pela Amanco. Definição de outra, com a participação dos trabalhadores e do sindicato nas negociações sobre as condições a serem estabelecidas.
Fim da prática pela qual a médica da multinacional interfere em dias de afastamento por motivo de saúde dados por médicos externos, sempre reduzindo o período.