O sindicato esteve na porta da Natura hoje, dia 29/11, para entrega de boletim informativo e realização de assembleia junto aos trabalhadores.
Tratava-se de uma ação pacífica e legítima, para informar sobre os desdobramentos da Campanha Salarial e a negativa da empresa em conceder aumento real de salários. A Natura, no entanto, tentou impedir a realização da assembleia e acionou a guarda de Cajamar e seus seguranças para agredir, física e verbalmente os dirigentes do sindicato.
Os trabalhadores presenciaram um claro exemplo de repressão e arbitrariedade por parte da empresa. Chamar os seguranças e a guarda de Cajamar para reprimir um movimento pacífico tem como objetivo, além de tentar intimidar sindicalistas e trabalhadores, dificultar a realização de assembleias e ações por parte do sindicato.
Nas últimas semanas, foi entregue à Natura uma pauta reivindicando que o reajuste salarial, além de contemplar a reposição da inflação, incluísse aumento real de 5%. Apesar de ser uma empresa grande e de ter obtido lucros exorbitantes no último ano, a Natura ignorou a pauta enviada pelo sindicato e afirmou que vai pagar apenas o que foi definido junto ao sindicato dos patrões, sem aumento real nos salários.
Como se não bastasse a falta de disposição da empresa para negociar melhores condições de trabalho, a Natura ainda boicota a luta e mobilização dos trabalhadores e reafirma sua política de aumentar os lucros com base na exploração de seus funcionários.
Assembleia é direito!
O sindicato existe para resguardar os direitos da classe trabalhadora e organizar a base para a resistência. Para isso precisa ter livre acesso à categoria, conversar e ouvir as necessidades dos trabalhadores, assim como sugerir soluções, informar a respeito de negociações e acontecimentos que influenciam diretamente em suas vidas.
A liberdade sindical, incluindo o direito à informação e debate, é fundamental no âmbito do país e de cada empresa, para que trabalhadores/as possam defender seu direito a condições dignas de trabalho, de saúde e de vida.
Nossa luta acontece em um período conturbado do nosso país. O governo golpista de Michel Temer nos coloca diante da destruição das leis trabalhistas, recessão, desemprego, terceirização sem limites e fim do direito à aposentadoria. O Unificados permanece firme na luta pelos direitos dos trabalhadores e, mesmo diante de todas as dificuldades impostas, continuará realizando seu trabalho.
A censura e a repressão só podem ser vencidas com enfrentamento.
Faixa do sindicato é rasgada em meio a tumulto causado pela guarda civil Municipal