O Instituto de Prevenção de Campinas- um centro de diagnóstico ligado ao Hospital de Câncer de Barretos foi inaugurado nesta terça (18/07). Esta unidade foi construída com recursos da indenização por danos morais coletivos, conquistado após anos de luta dos ex-trabalhadores Shell/Basf e Unificados pela condenação das multinacionais Raízen (antiga Shell) e Basf pelos crimes ambientais cometidos entre 1974 e 2002 na planta industrial localizada em Paulínia.
No total, o acordo firmado na Justiça do Trabalho, as multinacionais pagaram R$ 200 milhões por negligência na proteção de centenas de trabalhadores. Desse total, R$ 70 milhões foram destinados pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região ao Hospital de Câncer de Barretos, após indicação do Ministério Público do Trabalho. Vale lembrar que além da indenização por danos morais coletivos, os/as trabalhadores conquistaram no acordo indenizações individuais e assistência médica vitalícia para eles e seus filhos/as.
Ex-trabalhadores Shell/Basf Francisco Tavares e Sinval Ramos em frente à placa que identifica a origem dos recursos que permitiram a construção do centro de diagnósticos em Campinas.
Propaganda enganosa
A prefeitura de Campinas não empregou nenhum centavo neste projeto, apenas cedeu um terreno público onde o centro de diagnósticos foi construído. Terreno público significa de propriedade de todos os cidadãos de Campinas. Ou seja, as propagandas que Jonas Donizette (PSB) veicula na televisão servem para o prefeito fazer marketing pessoal e esconder a situação caótica em que se encontra a saúde pública de Campinas.
A população enfrenta problemas como a falta de remédios nos postos de saúde, postos de atendimento estão sendo fechados, redução do número de exames de sangue, falta de trabalhadores na saúde, redução no horário de atendimento, superlotação das unidades, conforme denúncia dos conselheiros municipais de saúde.
Confira a reportagem da TV Movimento que desmascara Jonas Donizette:
Portanto, se a população de Campinas ganha exames preventivos de câncer de mama e de colo do útero é porque ex-trabalhadores e sindicato lutaram por Justiça e reparação dos danos causados pelas multinacionais.
Quando concluído, o centro de diagnósticos terá capacidade para atender 300 mulheres por dia, realizar 3.600 mamografias e 500 cirurgias por mês. Além da unidade física, o projeto prevê a circulação de unidades móveis que para atender a população nos bairros.