Por iniciativa dos deputados do PT Luciano Zica e Dr. Rosinha, a Shell Brasil S.A. e a Regional de Campinas do Sindicato Químicos Unificados foram convocados a participar de uma Audiência Pública na Comissão de Seguridade e Família da Câmara dos Deputados, em Brasília, no dia 27 de junho de 2002. Também estiveram presentes nessa audiência representantes da Comissão de Ex-Trabalhadores da Shell.
Os argumentos apresentados na audiência pela Shell se mostraram frágeis e insustentáveis. Em seu depoimento, a empresa diz que realizou exames em 199 trabalhadores (o total é de 844) e, desses, 31 apresentaram alterações hepáticas, neurológicas e problemas na tireóide. Estatisticamente, um resultado considerado alto. Ao final da audiência, por proposta dos deputados petistas, ficou decidido que a Shell teria 30 dias para negociar com o sindicato um acordo único para a realização de exames em seus ex-trabalhadores. Caso isso não ocorra, os deputados irão formar uma comissão que terá esse objetivo.
Após 30 dias, tudo do mesmo
No mês de julho, quando se finalizava o período determinado pelos deputados, a Shell Brasil S.A. enviou um fax para o sindicato, no qual reafirmava sua posição tomada desde o início dos fatos, não alterando qualquer vírgula e nem abrindo qualquer possibilidade de entendimento, acintosamente ignorando a Audiência Pública e o entendimento proposto pelos deputados. O sindicato comunicou à Câmara dos Deputados esse procedimento da Shell, inclusive enviando cópia do fax.