Um protesto contra a decisão do ministro Carlos Alberto Reis de Paula, Corregedor da Justiça do Trabalho do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, foi realizado por ex-trabalhadores Shell/Basf, pela Associação dos Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas (Atesq) e dirigentes do Sindicato Químicos Unificados no centro de Campinas, dia 14 de outubro.
Na rua 13 de Maio, ato contra decisão do TST (14/10/10)
A motivação foi a medida cautelar dada pelo ministro Reis de Paula, em 29 de setembro, que desobriga as duas multinacionais e cumprirem imediatamente a condenação que sofreram na Justiça do Trabalho, em Paulínia, dia 19 de agosto, que atingiu o montante de R$ 1,2 bilhões além de assistência médica aos ex-trabalhadores e seus familiares.
A manifestação no dia 14 teve início no largo do Rosário, caminhou pela avenida Francisco Glicério, Largo da Catedral, rua 13 de Maio e terminou em frente à Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região – Campinas – na rua Barão de Jaguara.
A história
Um ato de protesto contra uma decisão do ministro Carlos Alberto Reis de Paula, Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, será realizado pelo Sindicato Químicos Unificados e pela Associações dos Trabalhadores Expostos a Substância Químicas, às 10 horas do dia 14 próximo (quinta-feira), no Largo do Rosário, em Campinas.
Em medida cautelar assinada no dia 29 de setembro, o ministro Reis de Paula afirma que não existem elementos suficientes para que seja prestada assistência médica aos ex-trabalhadores.
Está decisão desobriga a Shell e a Basf a cumprirem condenação que sofreram na Justiça do Trabalho de Paulínia, em 19 de agosto último, pela qual deveriam pagar a indenização por danos morais no valor de R$ 622.200.000,00.
Ainda nesta decisão em Paulínia, as duas multinacionais também foram condenadas a custearem o tratamento médico de todos os ex-trabalhadores da unidade de fabricação de agrotóxicos no bairro Recanto dos Pássaros em Paulínia, desde a década de 70 até o ano de 2002, quando houve a interdição da planta. Os filhos de empregados, autônomos e terceirizados que nasceram durante ou após a prestação de serviços também são abrangidos pela decisão.
TST defende a morte
Conforme denunciam os ex-trabalhadores Shell/Basf e dirigentes do Unificados, na luta pela vida o TST Brasília defende a morte!
Os dirigentes sindicais e os ex-trabalhadores entendem ser insuportável e incompreensível que um juiz do TST, em Brasília, negue a realidade, que isente a Shell e a Basf de cumprirem com suas obrigações judiciais pela condenação que sofreram na Justiça do Trabalho em Paulínia. Que ele afronte os estudos médicos e científicos, que jogue (ou brinque!!!???) com a saúde e a vida de milhares de ex-trabalhadores Shell/Basf e de seus familiares. E que, por cima, jogue para o Sistema Único de Saúde (SUS) todas as despesas pelo tratamento de doenças que elas provocaram com a contaminação ambiental que confessaram publicamente terem provocado.
Manifesto à população
Capa manifesto Atesq/Unificados contra decisão TST
No ato de quinta-feira será entregue um manifesto à população. Acesse AQUI ou na imagem acima para ler o manifesto na íntegra.
Para ler a história completa deste crime ambiental Shell/Basf acesse AQUI!