Direto de Porto Alegre – Oficina Shell/Basf
Shell trilhou um projeto consciente de Produzir/contaminar… lucrar e ir embora, deixando doenças e terra arrasada.
A Oficina sobre o Crime Ambiental Shell/Basf realizada na tarde de ontem (28 de janeiro) no FSM – Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, deixa muito claro que a contaminação ambiental e em seus trabalhadores produzido pelas empresas Shell/Basf em Paulínia é conseqüência de um projeto criminoso aplicado por multinacionais em todo o mundo, que seguem sempre os seguintes passos: Produzir/contaminar… lucrar e ir embora, deixando pra trás doenças e um passivo ambiental.
Rasteiro recebe de José Bravo relato sobre como agiram contra empresas contaminadora nos EUA. Dr. Carlos Siqueira, professor em LOWELL.
A mesa que dirigiu a Oficina sobre o crime ambiental Shell/Basf, no FSM
Nessa Oficina, organizada pelo Sindicato Químicos Unificados, isso ficou constatado com o relato de casos de crimes ambientais cometidos por multinacionais em todo o mundo (inclusive outros das próprias Shell e Basf), nos quais a história segue sempre essa irresponsável e trágica lógica. Assim, a principal decisão tomada pelos presentes foi a de ser formada uma rede internacional de trabalhadores para fazer crescer a luta contra as empresas poluidoras que, basicamente, são multinacionais. Também será desenvolvido um plano para se envolver toda a sociedade nessa questão, com destaque para as comunidades vizinhas às áreas em risco ou já contaminadas. Com esse objetivo, ficaram pré-agendados contatos preparatórios para um novo encontro que ocorrerá em 2006, na Venezuela, com a participação de sindicalistas, ambientalistas, e professores e pesquisadores em universidades que estão sensíveis e integrados nessa luta, inclusive da Unicamp.
Dave Campbell, norte-americano dirigente do Sindicato Nacional dos Químicos, Petroleiros e de Energia, dos Estados Unidos, e o mexicano José Bravo, dirigente da Just Transition Alliance (Aliança por uma Transição Justa), relatam casos idênticos que enfrentaram, inclusive com as próprias Shell/Basf no estado da Califórnia. Oscar Cañes Fajardo, dirigente da Organizaciones Sociales de Arauca, na Colômbia, denunciou que em seu país as multinacionais petroleiras reprimem violentamente qualquer trabalhador, sindicalista ou ambientalista que tente se opor aos crimes ambientais e trabalhistas que cometem.
O Dr. Carlos Eduardo Gomes Siqueira, brasileiro professor de Ambiente do Trabalho na Universidade de Massachusetts/LOWELL, nos Estados Unidos, afirma que as multinacionais sabem muito bem o que irão produzir, o perigo dos produtos que manipulam e que irremediavelmente irão contaminar seus trabalhadores e a comunidade vizinha, Portanto, a contaminação, quando vem a público, já está instalada há décadas e não é acidental. Ela era absolutamente prevista e, portanto, trata-se de crime praticado de forma consciente na busca do lucro.
Também participaram da Oficina e deram depoimentos Antonio Marco Rasteiro e Francisco Tavares Gomes, da Comissão de Ex-Trabalhadores Shell/Basf; e o Dr. Roberto Ruiz, assessor médico do trabalho do Unificados fez uma explanação geral de como está saúde dos ex-trabalhadores. Também participaram sindicalistas da Alemanha e da Suíça, brasileiros de outras categorias profissionais e ambientalistas.
Justiça Ambiental
Oficina da Rede Brasileira de Justiça Ambiental aborda crime Shell/Basf
O crime de contaminação ambiental e humana cometido pela Shell/Basf também foi abordado em Oficina realizada ontem no FSM. Organizada pela Rede Brasileira de Justiça Ambiental, Rasteiro e Tavares, da Comissão de Ex-Trabalhadores Shell/Basf, fizeram um relato sobre a contaminação no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia, e a luta que está sendo travada para que as multinacionais venham ser responsabilizadas. Também fizeram composição da mesa Eliezer João de Souza, da ABREA – Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto; Jeffer Castelo Branco, da ACPO – Associação de Combate aos POP’s que teve origem com o “Caso Rhodia”, em Cubatão; Danilo Fernandes Costa, médico do trabalho especializado em contaminação com benzeno; e Herling Alonzo, representante do Ministério da Saúde.
A Rede Brasileira de Justiça Ambiental é formada por uma série de entidades, associações e movimentos. Mais informações no endereço da Rede na Internet, que é www.justicaambiental.org.br. Contatos pelo e-mai: brsust@fase.org.br .
Outras Oficinas
Hoje o Unificados realizará a Oficina INSR – Rede Internacional de Solidariedade: O fortalecimento de uma rede de sindicalistas europeus e sul-americanos em luta contgra o neoliberalismo. Um exemplo concreto de solidariedade de classe sem fronteiras, que já é realidade. A atividade se encerrará no início da noite.
Domingo o sindicato fará a Oficina SOS Colômbia: Uma campanha de denúncia internacional sobre os efeitos da exploração do petróleo na Colômbia, onde corporações petrolíferas internacionais levaram a completa militarização da região de Arauca. Forcas paramilitares fazem a repressão sobre as organizações sociais, com seqüestros, assassinatos e expulsões de moradias, tudo com o poder das armas e da assistência técnica e financeira dos Estados Unidos. A atividade se realizará das 14 às 17 horas.
Tudo sobre o V FSM
Saiba mais sobre o V Fórum Social Mundial em www.forumsocialmundial.org.br
28 de janeiro/2005
Direto de Porto Alegre
Quimicos Unificados presentes na Caminhada Pela Paz, a abertura oficial do Fórum Social Mundial 2005
Sindicato promove três Oficinas no V FSM, em Porto Alegre.
Quimicos Unificados presentes na Caminhada do FSM 2005
A Caminhada Pela Paz abriu oficialmente o V FSM – Fórum Social Mundial, que se realiza de 26 a 31 de janeiro, em Porto Alegre. Uma delegação de dirigentes e militantes do Sindicato Químicos Unificados está presente no FSM, onde desenvolverá três atividades, também denominadas como Oficinas. A Caminhada, que simboliza a congregaçao das delegações do mundo todo, teve início às 18 horas do dia 26 e contou com cerca de 200 mil participantes segundo estimativa da EPTC – Empresa Pública de Transporte e Circulaçao (órgao da prefeitura), em um trajeto de aproximadamente oito kms.
Caminhada percorre a Av.Borges de Medeiros
“Um outro mundo é possível”
Porto Alegre é mais uma vez o ponto de encontro de militantes e ativistas políticos, sociais, culturais, ambientalistas e das chamadas minorias, entre outros, que questionam a desigualdade, a injustiça, a intolerância, a devastação ambiental e o preconceito. O FSM se desenvolve por meio da realização de conferências, palestras, testemunhos, painéis e manifestações, momentos em que todos expressam democraticamente suas inquietações sobre as atuais regras que dominam a sociedade mundial. Mas para além das críticas, o FSM aproxima e reúne companheiros e companheiras que lutam pela construção de uma nova forma de se pensar os relacionamentos entre os homens e sobre a vida, na busca de uma sociedade justa e igual para todos. Não é por outro motivo que o mote principal do FSM é “Um outro mundo é possível”.
Os onze Espaços Temáticos em que se dividem os debates são: Bens Comuns das Terras e dos Povos; Arte e Criação; Comunicação; Defendendo as Diversidades, Pluralidade e Identidades; Direitos Humanos; Economias Soberanas pelo e para os Povos; Ética, Cosmovisão e Espiritualidades; Lutas Sociais e Alternativas Democráticas; Paz e Desmilitarização; Pensamento Autônomo; Rumo à Construção de uma Ordem Democrática Internacional e Integração dos Povos.
Nessa edição do FSM estão inscritas 5.700 organizações e entidades, de aproximadamente 110 países, que promovem cerca de 2.500 atividades (Oficinas) integrantes destes Espaços Temáticos.
Lula: vaias e aplausos
A mobilização internacional promovida por um conjunto de ONG’s e que é intitulada “Chamada Global para a Ação contra a Pobreza” foi lançada na manhã de hoje, no Ginásio Gigantinho, com discursos do presidente Lula e de representantes de países africanos e asiáticos.
Entre as aproximadamente 10 mil pessoas presentes, um grupo de cerca de 500 manifestantes dirigiam vaias a Lula, em protesto contra os rumos da política econômica de seu governo. Em resposta, os demais aplaudiam. Do lado de fora, com a opção tomada de não entrar no Gigantinho, cerca de 200 militantes auto-intitulados como “únicos representantes de fato da ?esquerda'” promoveram uma manifestação na rua. Houve choques com a Brigada Militar (a Polícia Militar no Rio Grande do Sul) e alguns manifestantes foram detidos.
As três Oficinas do Químicos Unificados
Hoje ocorrerá a primeira das três oficinas que o Sindicato Químicos Unificados está promovendo no V Fórum Social Mundial. Essa é a programação:
1) Crime Ambiental Shell/Basf – Quando o lucro se sobrepõe à vida. Caminhos para prevenção e responsabilização criminal.
Nessa atividade serão abordados os crimes de contaminações do ambiente e em seus trabalhadores cometido pelas multinacionais Shell e Basf, no Recanto dos Pássaros, em Paulínia. Essa oficina será realizada no dia 28 de janeiro, das 14 às 17 horas.
2) INSR – Rede Internacional de Solidariedade.
O fortalecimento de uma rede de sindicalistas europeus e sul-americanos em luta contra o neoliberalismo. Um exemplo concreto de solidariedade sem fronteiras, que já é uma realidade. A atividade será realizada no dia 29 de janeiro, das 12 às 15 horas.
3) SOS Colômbia.
Uma campanha de denúncia internacional sobre os efeitos da exploração do petróleo na Colômbia, onde corporações petrolíferas internacionais levaram a completa militarização da região de Arauca. Forcas paramilitares fazem a repressão sobre as organizações sociais, com seqüestros, assassinatos e expulsões de moradias, tudo com o poder das armas e da assistência técnica e financeira dos Estados Unidos.
Entre aqui na página do FSM. Conheça quem o organiza, seus princípios, seus objetivos, a história das edições anteriores e a organização dessa sua V edição.
janeiro/2005
Fórum Social Mundial
Químicos Unificados promovem três atividades
O Sindicato Químicos Unificados estará desenvolvendo três atividades no V FSM – Fórum Social Mundial, que se realiza em Porto Alegre no período de 26 a 31 de janeiro. Essas atividades, que no Fórum são denominadas de Oficinas, estão sendo promovidas pelo sindicato em conjunto com entidades e sindicalistas da Europa e da América Latina.
Cerca de 100 mil pessoas de todo o mundo, entre militantes, ativistas políticos, defensores das lutas dos trabalhadores, do meio ambiente e dos movimentos sociais se dirigem a Porto Alegre para participarem do FSM. Diversas entidades promovem Oficinas nas quais são denunciadas, debatidas e coletadas propostas para a superação dos problemas apresentados. O Fórum é também um privilegiado espaço de pressão política, tanto nacional como internacional.
*Leia o jornal dos Químicos Unificados que divulga nossas atividades no FSM.
*Nossas participações em anos anteriores no FSM.
*Saiba tudo sobre o FSM.
novembro/2004
Fórum Social Mundial
ESTAREMOS NO FSM 2005
Durante seis dias, de 26 a 31 de janeiro de 2005, mais uma vez Porto Alegre será a capital mundial da solidariedade, do companheirismo da tolerância e do respeito à diversidade de pensamentos, costumes, culturas e, principalmente, de uma significativa trincheira no fortalecimento da luta contra o capitalismo que, em busca do lucro a qualquer custo, promove a criminosa exploração do homem, o genocídio, a destruição da natureza, o ódio entre os povos e a guerra, situações que provocam a miséria, a violência, a ignorância e a morte, por bala, bomba, fome ou doença para a maioria da população, a classe trabalhadora, enquanto a elite econômica e exploradora se farta e acumula riquezas.
Estamos falando da V edição do FSM – Fórum Mundial Social, que volta a Porto Alegre, onde também foi realizado nos anos de 2001, 2002 e 2003. A sua IV edição, em 2004, ocorreu na Índia.
Entre aqui na página do FSM. Conheça quem o organiza, seus princípios, seus objetivos, a história das edições anteriores e a organização dessa sua V edição.
Nossas oficinas em 2005
O Sindicato dos Químicos Unificados estará promovendo três atividades no FSM 2005, que são chamadas de oficinas.
São elas:
1) Crime Ambiental Shell/Basf – Quando o lucro se sobrepõe à vida. Caminhos legais para prevenção e responsabilização criminal.
Nessa oficina vamos levar, aos milhares de participantes integrantes de inúmeras entidades e organizações nacionais e internacionais que lá estarão, o crime de contaminação ambiental e contra os trabalhadores cometido pela Shell e pela Basf na planta industrial no Recanto dos Pássaros, em Paulínia. Além de ampliar a repercussão das denúncias já públicas, vamos buscar sugestões e indicativos de alternativas concretas para que fatos semelhantes não mais se repitam e que a Shell e a Basf sejam punidas e responsabilizadas exemplarmente.
Na oficina haverá depoimentos de ex-trabalhadores da Shell/Basf, a apresentação de um documentário em vídeo produzido pelo COT – Centro Organizativo dos Trabalhadores, criado pelo Sindicato Químicos Unificados, e um debate. Também serão distribuídos em Porto Alegre jornais impressos com a história desse crime bem como cópia em CDs do documentário.
*Saiba tudo sobre o crime de contaminação Shell/Basf
2) A resistência dos trabalhadores e do povo colombiano contra a barbárie capitalista.
Nessa oficina, que contará com depoimentos de companheiros(as) trabalhadores(as) e sindicalistas(as) colombianos(as), serão relatadas suas lutas contra a repressão paramilitar de direita a suas organizações de classe, a predatória ação das multinacionais e o Plano Colômbia, um projeto imperialista estadunidense de dominar a Amazônia já implantado e em execução contra o povo colombiano.
Nela, vamos buscar mecanismos de alavancar denúncias dos fatos, ignorados intencionalmente pela chamada “grande imprensa” e buscar solidariedade de todos os povos para barrar essa criminosa barbárie capitalista.
*Conheça aqui a luta de resistência dos(as) companheiros(as) trabalhadores colombianos.
3) Os 15 anos da Rede de Solidariedade Internacional – Uma história de resistência internacional dos trabalhadores contra a globalização e o neoliberalismo.
Sindicalistas e ativistas de vários países estiveram reunidos no Brasil em agosto de 2000, e discutiram como responder à globalização e ao neoliberalismo, sinônimos da ofensiva capitalista, do ataque às conquistas sociais e às condições de trabalho em todo o mundo. Os participantes concordaram em construir um Rede de Solidariedade Internacional (RSI).
Nessa oficina estarão presentes sindicalistas de vários países da Europa, da América Latina e também dos Estados Unidos. Nela, vamos buscar ampliar as condições que permitam a troca de informações e experiências, o desenvolvimento de ações conjuntas, e a viabilização de ações de solidariedade ativa entre os trabalhadores que, nas diversas regiões do planeta, lutam em defesa dos seus direitos. Uma luta internacional contra o neoliberalismo e contra todas as formas de exploração e opressão.
*Aqui, se informe e passe a integrar a Rede de Solidariedade Internacional.