O Sindicato Químicos Unificados luta por uma sociedade mais justa e igualitária. Por isso, se posiciona contra o despejo de centenas de famílias de ocupações como a comunidade Nelson Mandela, em Campinas, e o acampamento Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio (MG).
Em plena pandemia, o prefeito Jonas Donizete deu o prazo para que mais de 100 famílias saiam da comunidade Nelson Mandela até o dia 31 deste mês. É um absurdo essa reintegração, colocando as pessoas na rua e expostas à contaminação do novo coronavírus.
A comunidade Nelson Mandela, em Campinas, existe há 3 anos e, ao longo desse período, várias negociações foram feitas com o proprietário do terreno e a prefeitura. A ocupação Nelson Mandela abriga cerca de 300 pessoas, entre elas 89 crianças menores de 10 anos, segundo o movimento. Também há 62 pessoas que pertencem ao grupo de risco na ocupação, com problemas cardiológicos e respiratórios.
Quilombo Campo Grande
A mando do governador liberal Romeu Zema (Partido Novo), a polícia militar mineira agiu de forma violenta na reintegração ilegal de posse do acampamento Quilombo Campo Grande, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Por quase 60 horas, sem-terra resistiram pacificamente à pressão da Polícia Militar, dia e noite, no meio de uma estrada, sob o sol forte e o frio da madrugada, respirando poeira e ouvindo ameaças. Pela madrugada, a tropa cercou o acampamento com helicóptero, carros, drones, balas, bombas, escudos e cassetetes, entre outros instrumentos de repressão.
Há 22 anos, 450 famílias acampadas produzem alimentos saudáveis, na área da antiga usina falida. Agora, o Quilombo Campo Grande precisa de toda ajuda nesse momento, para reconstruir 14 casas e a escola popular Eduardo Galeano, pois ainda resistem.